Cap 10

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Fico um tempo olhando aquela mensagem. Pensando se é uma boa idéia sair com alguém hoje depois do que acabou de acontecer.

Decido que o banheiro não é o melhor lugar para se pensar nisso, sento na mesma mesa que estava sentada com as meninas no início da noite e fico pensando nos prós e contras de terminar a noite como havia planejado antes de ter o ataque de pânico.

Depois de muito pensar resolvo continuar com meu plano Inicial, eu sei que pode parecer absurdo o fato eu querer ter uma noite acompanhada logo depois de ter um ataque, mas a verdade é que depois de tanto tempo passando por situações parecidas eu aprendi a conviver com meus monstros e tocar a vida como se nada tivesse acontecido. Eu sofro com esses ataques desde meus 15 anos e eles acontecem em qualquer lugar ou ocasião, seja ao andar na rua, no cinema, na faculdade, na empresa... Ou seja eu só tinha duas opções: aprender a conviver com minhas cicatrizes ou me deixar ser consumida. E eu não sei vocês mas eu nunca fui de desistir fácil.

Não sei quanto tempo se passou enquanto eu pensava na vida, mas sei que foi o bastante para receber outra mensagem do mesmo número.

WhatsApp on

(Número desconhecido)

- vou tomar seu silêncio como um não
Sinto muito pelo incomodo.

Percebo que fiquei muito tempo pensando no que fazer e acabei passando a ideia errada para ele.

- Qual seu nome?

Uma pequena animação começa a se instalar em meu peito, afinal de contas vou finalmente descobrir a identidade do gatinho misterioso. E novamente sou tirada dos meus pensamentos pelo som de notificação do meu celular.

- Dylan, sou o Barman que vc beijou a alguns minutos atrás


- Eu sei bem quem vc é, e respondendo sua pergunta inicial sim vc tem chance cmg.

- Fico feliz em saber senhorita

- Pode me chamar de Tina, querido, me encontre na saída da boate em 20 min, vc não vai se arrepender😏.

Peço uma dose de Martini para degustar enquanto espero chegar o momento do encontro. Até que não vai ser uma escolha ruim ficar com ele visto que não vou conseguir dormir mesmo.

[...]

20 minutos se passaram e eu recebo mais uma mensagem de Dylan confirmando que está na saída da boate.

Antes de me levantar mando uma mensagem no grupo das meninas falando que vou sair acompanhada e que nos falamos depois, antes de me responderem bloqueio o celular e vou em direção a saída.

Atravesso a multidão de corpos para alcançar a saída e quando finalmente consigo vejo Dylan conversando com o segurança da entrada.

Diminui meus passos para poder o analisar melhor, ele usa uma calça jeans de lavagem escura, blusa polo azul clara, seus cabelos estão molhados, ombros largos, e mesmo que em seu look não tenha nada de especial ele consegue impressionar com a beleza e presença, seu sorriso é discreto, mas não deixa de ser deslumbrante ao meu ver.

Não se deixe levar por minhas palavras, não estou alimentando sentimentos por ele, só estou sendo sincera. Dylan é sem duvida alguma um homem de presença e até então só merece meus elogios.

A obsessão de um CEO (Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora