Fico um tempo olhando aquela mensagem. Pensando se é uma boa idéia sair com alguém hoje depois do que acabou de acontecer.
Decido que o banheiro não é o melhor lugar para se pensar nisso, sento na mesma mesa que estava sentada com as meninas no início da noite e fico pensando nos prós e contras de terminar a noite como havia planejado antes de ter o ataque de pânico.
Depois de muito pensar resolvo continuar com meu plano Inicial, eu sei que pode parecer absurdo o fato eu querer ter uma noite acompanhada logo depois de ter um ataque, mas a verdade é que depois de tanto tempo passando por situações parecidas eu aprendi a conviver com meus monstros e tocar a vida como se nada tivesse acontecido. Eu sofro com esses ataques desde meus 15 anos e eles acontecem em qualquer lugar ou ocasião, seja ao andar na rua, no cinema, na faculdade, na empresa... Ou seja eu só tinha duas opções: aprender a conviver com minhas cicatrizes ou me deixar ser consumida. E eu não sei vocês mas eu nunca fui de desistir fácil.
Não sei quanto tempo se passou enquanto eu pensava na vida, mas sei que foi o bastante para receber outra mensagem do mesmo número.
WhatsApp on
(Número desconhecido)
- vou tomar seu silêncio como um não
Sinto muito pelo incomodo.Percebo que fiquei muito tempo pensando no que fazer e acabei passando a ideia errada para ele.
- Qual seu nome?
Uma pequena animação começa a se instalar em meu peito, afinal de contas vou finalmente descobrir a identidade do gatinho misterioso. E novamente sou tirada dos meus pensamentos pelo som de notificação do meu celular.
- Dylan, sou o Barman que vc beijou a alguns minutos atrás
- Eu sei bem quem vc é, e respondendo sua pergunta inicial sim vc tem chance cmg.- Fico feliz em saber senhorita
- Pode me chamar de Tina, querido, me encontre na saída da boate em 20 min, vc não vai se arrepender😏.
Peço uma dose de Martini para degustar enquanto espero chegar o momento do encontro. Até que não vai ser uma escolha ruim ficar com ele visto que não vou conseguir dormir mesmo.
[...]
20 minutos se passaram e eu recebo mais uma mensagem de Dylan confirmando que está na saída da boate.
Antes de me levantar mando uma mensagem no grupo das meninas falando que vou sair acompanhada e que nos falamos depois, antes de me responderem bloqueio o celular e vou em direção a saída.
Atravesso a multidão de corpos para alcançar a saída e quando finalmente consigo vejo Dylan conversando com o segurança da entrada.
Diminui meus passos para poder o analisar melhor, ele usa uma calça jeans de lavagem escura, blusa polo azul clara, seus cabelos estão molhados, ombros largos, e mesmo que em seu look não tenha nada de especial ele consegue impressionar com a beleza e presença, seu sorriso é discreto, mas não deixa de ser deslumbrante ao meu ver.
Não se deixe levar por minhas palavras, não estou alimentando sentimentos por ele, só estou sendo sincera. Dylan é sem duvida alguma um homem de presença e até então só merece meus elogios.
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A obsessão de um CEO (Revisão)
De TodoValentina Belline, uma jovem forte e determinada que desde muito cedo passou por momentos difíceis que moldaram sua personalidade de maneira esplêndida. Antony Miller um homem frio, calculista, protetor, feroz e possessivo que vê seu mundo virar de...