capítulo. 6

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O barco flutuava pela água, e Deidara aguardava ansiosamente. Em poucos minutos realizaria seu sonho. Sorria olhando pro céu, mal podia esperar.

– Aonde estamos indo? – O loiro perguntava.

– Pode se assegurar que vamos para um lugar legal, afinal é seu dia especial. Confia. – Dizia remando, era possivel ver um sorriso no seu rosto.

Por volta de poucos minutos já estavam aonde desejavam estar, em frente ao castelo, aonde seria lançada a primeira lanterna, claro que um pouco distantes, porém, com certeza a vista era privilegiada.

Escoravam-se no barco, esperando momento em que as lanternas seriam finalmente lançadas.

Deidara suspirou, estava ansioso e talvez um pouco assustado.

– 'Cê 'tá legal? – O moreno claramente estava preocupado, era até fofo de se ver.

– Sim, mas ao mesmo tempo eu 'tô meio assustado... – Desviou o olhar, seu tom de voz carregava um peso imenso, parecendo que estava cansado.

– Porque? – Se perguntasse, talvez Tobi poderia ajudar.

– Sabe... Eu fiquei olhando as lanternas pela janela a minha vida toda, e eu imaginava qual seria a sensação quando as visse de perto... – De cansada, sua voz mudou para calma. Respirava fundo, aquele sentimento era bom. – Mas, e se não for como eu quero que aconteça?...

– Vai ser sim da forma como você imaginava. – Sorria, queria confortar o loiro.

– Eu vou ver as luzes, mas e daí? O que eu faço depois? – Olhava para seu guia, estava calmo.

– Eu acho que depois vem a parte legal, procurar outro sonho... – Ambos sorriam, ambos estavam calmos, felizes e ansiosos.

E foi no exato momento em que Deidara olhou para si, com um sorriso enorme e agradecido, Obito teve certeza, estava apaixonado.

Relutou por um bom tempo, ao menos conhecia o loiro, mas não tinha muito oque conhecer, Deidara era um livro aberto. Tentou focar a viagem toda em seu único objetivo, guiar o loiro e ter de volta sua bolsa com a preciosa tiara.

Mas era impossível, toda a felicidade do outro ao conhecer pela primeira vez o mundo externo, o contagiava, era a segunda vez em que estava tão feliz.

No castelo, o rei, a rainha e o pequeno príncipe - Uzumaki Naruto, o segundo filho dos reis. Afinal o reino não podia apenas ficar esperando o primogênito voltar, teriam que ter um outro herdeiro. -, se preparavam para lançar a primeira vela, que traria com si, milhares de outras. Os olhos da família real estavam cheios de lágrimas. Mesmo sem ter o conhecido, Naruto sentia falta do irmão mais velho.

Voltavam para a mesma melancolia de todos os anos em que passaram longe de Deidara.

Kushina enxugava os olhos caídos e chorosos de Minato. Mesmo com toda a situação, ainda se olhavam apaixonados, como no mesmo momento em que tiveram certeza de seu amor um pelo outro.

Estavam prontos.

Finalmente.

A primeira lanterna foi jogada aos céus.

Os olhos do loiro que observava pelos barcos se arregalaram, seu sorriso abriu muito mais que imaginava.

Cada pessoa que carregava uma lanterna com si, acendeu a mesma e a deixou flutuar.

– Sim, a sensação é maravilhosa... – Dizia olhando sem tirar seus olhos dos céus. – Estou definitivamente onde deveria estar... – Foi até a ponta do barco para apreciar mas a vista que passou anos desejando ver de perto.

Enrolados - Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora