Prólogo: "Por que eu te amo mesmo, Bê?"

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A carruagem de cartas parou a frente da luxuosa residência Bennett, sendo recebida pela governanta, que agradeceu gentilmente e voltou para o interior da casa

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A carruagem de cartas parou a frente da luxuosa residência Bennett, sendo recebida pela governanta, que agradeceu gentilmente e voltou para o interior da casa.

A manhã do primeiro dia de primavera estava deveras agradável. As primeiras flores que desabrocharam, podiam ser vistas das janelas da sala principal da casa dos Bennett, onde a mãe, Heloíse, tocava suavemente as teclas do piano para sua filha de 7 anos, Bella.

Assim que a governanta entrou no cômodo, com as cartas depositadas numa bandeja de prata, a atenção de Heloíse mudou, parando a música de imediato e se dirigindo animada até elas.

- Mais convites para os Bailes desta temporada - ela disse animada, remexendo as cartas - Quem sabe, em algum destes Adam encontrará a próxima Viscondessa!

- Também posso ir a um mamãe? - a pequena puxou a saia da mãe e abriu um sorriso manhoso quando conseguiu sua atenção.

- Nós já conversamos sobre isto querida. Apenas ao completar 16 anos poderá se dispor a procurar um marido.

- Mas é tão chato ficar em casa, enquanto você, o papai e Adam.. - ela se senta no sofá com os braços cruzados - Se divertem dançando.

- Eu sei minha querida, mas logo, logo chegará sua vez. Que carta é essa? - Heloíse pergunta alto, pegando a carta com um papel duro e um celo vermelho que nunca tinha visto.

- Aí está dizendo que é para o Adam.. - a governanta aponta para o nome escrito em uma caligrafia trabalhada.

- Quem mandaria uma carta para o Adam? - Bella debochou soltando uma risada aspirada. A sua típica risada.

Adam Bennett, mesmo estando a quatro anos a procura de uma dama, não era um rapaz que se passava despercebido na alta sociedade.

Seus cabelos ondulados e negros, - traços fortes dos Bennett - e seus olhos azuis penetrantes, faziam as festas pararem todas as vezes. Como um fã de esgrima, seus músculos tonificados podiam ser vistos pela roupa que moldava seu corpo.

O grande problema, eram as extensas exigências do menino, que por sua vez, excluíam metade das pretendentes que a mãe lhe apresentava.

- Adam - a Viscondessa chamou, curiosa para saber o que continha naquela carta.

O menino porém, não estava interessado no porquê a mãe lhe chamava.

Com as mãos estendidas sobre a cama, Adam permanecia deitado, olhando para o teto de madeira escura sem reação alguma.

Ao escutar seu nome pela terceira vez, cogitou levantar-se. Lentamente, rolou preguiçosamente para o canto direito da cama e deixou-se cair no chão, levantando pesaroso e com os olhos cansados.

Após dois minutos, Adam abriu a porta da sala principal, usando sua roupa costumeira em perfeito estado.

- Adam, meu filho, esta carta está endereçada a você - Heloíse a estende no ar, observando o rosto confuso do rapaz, que não esperava por nenhuma resposta.

Letters for Adam™Onde histórias criam vida. Descubra agora