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Na alta sociedade de 1870; Londres era o epicentro de Bailes de Gala, em que famílias endinheiradas buscavam por uma boa aliança de casamento. Para Adam, o próximo Visconde dos Bennett, nenhuma moça lhe parecia apro...
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O próximo Visconde da família, lia a primeira carta que tinha recebido pela décima sexta vez, deitado de costas na cama, deixando o sol entrar pela grande janela e esquentar seu rosto.
Depois daquele dia - do primeiro dia de primavera - mais duas cartas vieram, e a busca pela tal dama misteriosa, ficou cada vez mais entediante para o resto da família.
Quando a terceira carta tinha sido entregue, Adam, correu ao carteiro e perguntou-lhe ansioso pelo dono daquela letra trabalhada.
- Sinto lhe dizer meu senhor, mas temo não poder lhe contar - o mensageiro ajeitou seu chapéu azul escuro e entrou na carruagem - Eu garanti que não contaria nada sobre o paradeiro desta carta.
O menino desanimado, sentiu-se correr em círculos, sem chegar a lugar nenhum.
- Mas... este, não me disse nada sobre não poder entregar-lhe uma carta de resposta - acenou com a cabeça e seguiu com a carruagem para mais entregas.
- Uma carta de resposta? - a mãe levantou-se animada do sofá, assim que Adam comentou sobre a ideia do homem - Isso é uma ótima ideia!
- Não sei mamãe..
- Isso seria tão romântico - Bella, que estava no piano, levantou e saltitou até eles. Seu irmão deu um sorriso - Trocar cartas com alguém e apenas se apaixonar pelo que escrevem....
- Não é pra ser romântico, só quero... encontrar esta pessoa.
- Vai me dizer que não está curioso para saber mais sobre ela? Ein? - a menina cruzou os braços e levantou as sombrancelhas em tom de provocação, Adam revirou os olhos.
- E, além do mais, você sempre disse que queria se apaixonar por quem fosse se casar, meu filho, isso seria uma ótima ideia - Heloíse disse voltando a pegar o bordado que estava fazendo em uma toalha - E assim... tal-vez, pudesse perguntar quem ela é, ou arranjar um encontro com ela.
Assim que ouviu as últimas palavras da mãe, foi como se uma luz tivesse acendido em cima de sua cabeça.
- Você é brilhante mamãe! - beijou lhe a testa e se retirou da sala.
