Capítulo 7: "Você é perverso Príncipe Philip"

39 7 12
                                    

Adam pulou do cavalo e correu para dentro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Adam pulou do cavalo e correu para dentro. Todos os convidados o olharam confusos. Guardas já se aproximavam dele, mas assim que Philip o viu, ordenou que o deixassem e ambos foram para um quarto, sozinhos.

Sua sorte, era que o casamento ainda não havia começado.

— Adam, o que você esta fazendo aqui? — perguntou, assim que fechou a porta, sem realmente olhar para ele.

— Philip, olhe para mim. Olhe nos meus olhos — Bennett se aproximou — Me diga. Diga olhando para mim o que você disse aos meus pais, me diga para seguir minha vida sem você.

— Adam — não conseguia o olhar.

— Diga!

— Nós não podemos ficar juntos! Não podemos ter uma vida. Eu não posso... Você deveria ir embora. Por favor.

— Então é simples assim? Como pôde fazer isso comigo? Você ao menos pensou em mim? Primeiro me fez ficar perdidamente apaixonado por suas palavras, por você. E agora, simplesmente me quer longe, para se casar com outra pessoa?

— Não é como se eu tivesse alguma escolha. Me perdoe, mandar aquelas cartas foi como um pedido de socorro e.. uma última faísca de esperança...

— Então.. — Adam, que já continha suas bochechas molhadas pelas lágrimas, o olhou incrédulo — Você já sabia que iria se casar, mesmo antes de mandar as cartas para mim? O acordo, já havia sido feito?— Philip arregalou os olhos, como se tivesse soltado algo que não deveria — Você é perverso Príncipe Philip!

— Me desculpe. Nunca pensei que as cartas.. Que você, corresponderia os mesmos sentimentos! Nunca que eu poderia imaginar.

— Mas...

Philip chorava também, discretamente. Não queria ter que sair dali com o rosto vermelho. Ele se aproximou de Adam e juntou suas testas, se segurando para não juntar seus lábios, e sentir o seu calor mais uma vez.

— Me perdoe, mas eu preciso que você me esqueça..

— Philip...

— Adam, me escute.. Você tem que achar alguém melhor que eu, achar alguém que te ame, mais do que tudo e desistiria da sua própria vida por você — "não" Bennett murmurou baixinho — Crie uma família. Cuide da sua. Cuide da Bê, ela precisa de você...

— E eu? — Adam soluçava — Eu preciso de você...

— Não, não precisa. Você é a pessoa mais incrível que já conheci e sei que vai dar um jeito de me esquecer — sou eu quem terei problemas com isso, o príncipe pensou, mas não o disse, pensou que seria mais fácil assim.

Philip secou as lágrimas de Adam e deu um beijo demorada em sua testa, logo depois se dirigindo para a porta do quarto.

— Philip... só — sua voz estava baixa, o príncipe parou assim que a escutou e seu coração apertou, a dor em sua voz, era perceptível, e essa dor, tinha sido ele o causador — Você se arrepende? Se arrepende de ter escrito aquelas palavras, ter escrito todas aquelas cartas, ter... Me beijado?

— Nada do que eu fiz nessas últimas semana.. Eu não em arrependo de nada em relação a você — ele se virou, ficando de frente, uma última vez, para Adam.

— Eu não também não me arrependo disso — ele anda rapidamente em direção a Philip, segura sua nuca, e junta seus lábios, ansiando para que ele retornasse o beijo, ansiando para senti-lo novamente.

O ato surpreendeu o mais alto, que não esperava por isso. E mesmo tentando, com todas as suas forças, empurrar Adam para longe dele, não conseguiu o fazer e em vez disso, o puxou mais para perto, se aprofundando nele.

Philip sentiu os dedos longos do Bennett brincarem com os cabelos mais longos de sua nuca. Percebeu que agora, ele estava muito mais a vontade e queria muita mais aquilo do que antes, ele tinha certeza do que sentia.

Quando se deu conta do que havia deixado acontecer, o príncipe afastou o menor rapidamente, ambos respiraram profundamente.

— Eu sei que não tenho o menor dos direito contra todas as outras pessoas da Inglaterra — Adam baixou o olhar para o chão — Sei que não sou ninguém para pedir isso. E eu não quero nem um pouco do seu dinheiro, e não quero ser um Rei. Mas por favor, me escolha, só... me escolha.

Ao ouvir aquelas palavras, Philip tapou a boca e saiu do quarto o mais rápido possível, fechando a porta com força e se deixando deslizar para o chão.

As lágrimas caiam como cachoeiras, deixando grandes rastros molhados em seu rosto. Tentou se segurar para não fazer nenhum barulho, para que Adam não pudesse o escutar do outro lado.

Já Adam, tinha também desabado no chão. Seu choro continha dor e arrependimento. Arrependimento por não ter chegado antes. Por não ter nascido como um príncipe cheio de dinheiro. Por não ter nascido como Madeline, por não ser ela — que não sabia a sorte que tinha por se casar com Philip.

— Vocês dois são patéticos — o sotaque francês era forte na fala, Madeline apareceu de uma porta do outro lado do quarto, uma que Adam não tinha visto. Ele secou rapidamente as lágrimas e se levantou — Desculpe, não me entenda mal por não saber pelo que vocês estão passando, mas eu sou uma princesa. Fui criada para amar meu povo e somente ele. Nasci como um negócio, sou tratada como uma barganha entre os reinos e quando não sirvo mais, os acordos são quebrados e me colocam de lado.

— Por que está me dizendo isso? — ela se aproximava de Adam e pela primeira vez, ele não estava com o corpo cheio de raiva por ela.

— Porque... Eu e Philip somos iguais, nascemos para o nosso povo e somente para ele. E agora, neste momento, o meu povo precisa de um exército para os defender. Eu escutei o que você disse — ela segurou as mãos do menino, implorando — Se tivéssemos nos conhecido de outro jeito, ou em outro momento, eu ficaria do seu lado. Mas, hoje, preciso pensar pelos franceses, então por favor, por favor, deixe que Philip me escolha.

Adam não conseguia acreditar que ela poderia pedir tal coisa para ele, vendo o estado que ele se encontrava. Olhos inchados e vermelhos, o rosto coberto por lágrimas e o nariz escorrendo.

Contudo, mesmo não querendo, viu o desespero em seus olhos e a verdade nas suas palavras. Não queria, mas teria que deixar Philip, teria que abrir mão dele para o bem de pessoas, que nem mesmo conhecia. Ele era patético.

Bennett acenou com a cabeça, soltou suas mãos das da princesa e saiu pela porta que ela entrará, sem olhar para trás.

Bennett acenou com a cabeça, soltou suas mãos das da princesa e saiu pela porta que ela entrará, sem olhar para trás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Letters for Adam™Onde histórias criam vida. Descubra agora