04.English, Harry

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Reino Unido - Inglaterra

Duas semanas se passaram. Estive instruindo os rapazes em seus afazeres e observando os gêmeos em ação. Conseguiram o acesso a conta de Owen digitalmente, depois que Zayn lhes trouxe do banco seus cheques e um chip que Louis lhe disse para dar um jeito de enfiar no computador.  William falsificou os cheques e suas assinaturas.

O plano era usar algumas mulheres para irem receber os valores no banco e confundir quem estivesse atrás dele, transformar as suspeitas de um sequestro em fuga, porque Owen tinha esse costume de pagar suas putas com cheques. Haveria um movimento. Louis faria uma quantia absurda passear separadamente por todas as contas durante uns dias fazendo a soma entrar na agência dele em Singapura. Pensariam que é onde ele esta. Ou ao menos eu contava com isso.

— Se todo o dinheiro for para Singapura, como teremos ele? — Edward perguntou atrás deles.

— O dinheiro não vai a lugar nenhum. — Louis disse, se deixando relaxar na cadeira. Franzi as sobrancelhas. Ele explicou. — Toda essa movimentação deve ser feita ao mesmo tempo que os cheques forem creditados. Vão se concentrar no que "Owen" está tentando fazer  espalhando seu dinheiro pelo mundo porque isso parece um plano.

— Essas mulheres que estão sendo pagas são apenas a diversão dele. Quem se importa? — William olhou para Edward, um sorriso travesso no rosto. — Que estejam pegando todo seu dinheiro? É uma ilusão. A conta em Singapura estava trancava com bastante dinheiro investido preso. Tiramos as ações.

— E o dinheiro vai sair dela, andar pelo mundo e voltar para lá.

Tomlinson virou o rosto quando Edward se inclinou sobre William para lhe beijar. Acenei para ele. Estava fazendo um bom trabalho.

O quarto era muito frio. Pensei se deveria trocá-los para outro. Eu poderia colocar os dois com Edward como castigo. Ele não ia tocar na putinha dele com o irmão por perto. Notei a tensão entre os dois. E a tensão de Louis sempre que estavam todos juntos.

Ele começava a falar sem parar com William como se tentasse mantê-lo alheio a Ed. Era engraçado ver a frustração do meu irmão, o olhar mortal dele no Tomlinson.

Essa tática não funcionava sempre. Acordado de madrugada eu ouvia a porta do quarto em frente abrindo. E para meu alívio, aquela porta isolava os sons.

No fim de semana, bem antes do som nascer, escutei alguém subir as escadas. Eu sabia que era Louis porque ele tropeçou em um vaso no corredor e xingou baixinho em italiano.

Lhe disse muito explicitamente para não subir naquele andar. Não o queria zanzando pela casa agora que estava autorizado a sair do quarto. Para minha surpresa ele passava mais tempo no próprio quarto. Com isso entendi que o garoto não queria fugir, queria me contrariar.

Aquele era um dia particularmente frio. Pensei que fosse reclamar com Edward por estar dando tratamento de princesa ao irmão e lhe deixando sozinho. Porque, era verdade. Ainda que o fizesse companhia não tinha porque levá-lo para seu quarto nas noites geladas. Eu queria ouvir a discussão.

Levantei e fui até a porta entreaberta. Espiei pelo vão. Ele estava parado, a boca aberta e os olhos arregalados. Abri um pouco a porta me inclinando mas isso não lhe fez olhar pra trás. Escutei então os barulhos. Oh... certo.

Avancei em três passos largos e cobri sua boca com a mão. Podiam ter trancado a porta. Já estava pensando em uma piada sobre sentir inveja do sexo matinal para provocar o garoto quando lhe afastasse, mas me peguei vendo aquela cena com extrema confusão.

Ele apertou meu pulso. Travei, recebendo a imagem na cabeça totalmente longe da realidade. Louis estava na minha frente, sua bunda grande perto demais do meu pau e William estava na frente de Edward, sendo fodido de joelhos. Imaginar Louis comigo foi assustadoramente fácil porque, porra, são nossos gêmeos.

Austria (L.S) [long fic] Onde histórias criam vida. Descubra agora