Ruggero on: Estava dirigindo para a casa de Candelária, para pegar minhas coisas, quando me vejo perdido em pensamentos. Pensava no toque dos dedos dela nos meus, no olhar profundo e penetrante que trocamos, em como o tempo congelou a nossa volta, e em como pude sentir seu doce cheiro bem de perto, e sentir sua respiração rápida. Tudo o que eu queria era beijá-la, senti-la. Estava cansado de fingir que não me importava, quando eu sabia que me importava. Sem nem perceber, estava dirigindo em um caminho totalmente diferente do meu destino inicial, e vejo a rua escura, iluminada apenas com a luz de alguns postes. Ao andar um pouco mais, paro em frente a uma grande casa, com apenas uma grande janela se destacando entre a rua, e ela.
Karol on: Ao chegar em casa, jogo minha bolsa num canto qualquer, e subo correndo para tomar um banho. Precisava aliviar a tensão que estava sentindo de alguma forma, e nada melhor que um banho quente para isso. Ao sair, coloco uma calça de moletom e uma blusa colada de alcinha, que eu sempre uso pra dormir. Fico repassando meu dia e as situações inusitadas que ocorreram. Queria Ruggero, e tinha consciência disso. Logo eu começaria a faculdade, e não teria mais tempo para vê-lo ou para focar em qualquer outra coisa que não seja minhas aulas. De imediato me dei conta de que não tinha tempo a perder, precisava falar com ele, corrigir meu erro. Pego um casaco qualquer e, desse mesmo jeito que estou, agarro minha bolsa e corro escada abaixo. Ao abrir a porta, solto um ruído assustado. Um italiano moreno, de um metro e noventa, estava parado na minha porta. Depois de um longo momento nos fitando, ele quebra o silêncio:
Ruggero: Posso entrar? -ele diz, espiando para dentro.
Karol: Claro! Sim, claro, entra! -digo nervosa, abrindo a porta bruscamente, e ele riu.
Ruggero: Desculpa... Eu não sabia que você tava de saída. -ele entra, e ao se virar pra mim, me perco por um momento encarando seus olhos castanhos como chocolate. Ele sempre foi lindo. Sempre se destacava entre os caras normais, até as professoras na escola diziam que ele era o mais bonitinho da turma. Mas o tempo só fez bem a ele, Rugge estava mais maduro, suas feições mais definidas. Havia malhado, pois estava musculoso, mas continuava magro e alto. Ele era uma perdição, como sempre.
Karol: Não! Não eu... -respiro e inspiro profundamente, sentindo o ar fugir. -eu estava indo ver você. -ele me encara, surpreso.
Ruggero: Me ver? -seu olhar se ilumina, e abre a boca em um sorriso torto, que ele sabe que eu sempre gostei.
Karol: Sim. Acho que falei merda pra você mais cedo. A verdade é que desde que voltei, não paro de pensar em você. Tinha esperanças de que esses três anos tivessem servido para eu te esquecer, mas foi só pisar aqui novamente que tudo veio à tona. Gosto de você Ruggero. Sempre gostei. E não acho que possamos ser apenas amigos. -falo e sustento seu olhar, decidida. Não tinha nada a perder nesse momento, independente de sua resposta, não íamos durar muito tempo.
Ruggero: Karol, eu nunca te esqueci. Desde que você se foi, eu fiquei perturbado e depressivo, e precisei criar esse escudo para não desmoronar. Você sempre foi tudo pra mim. Durante meus outros namoros, era com você que eu queria estar. Nas outras transas, era o seu rosto que vinha em minha cabeça. Eu sei que éramos adolescentes descobrindo o mundo quando ficamos juntos, mas eu sempre vi futuro. Tenho consciência de que o máximo que chegamos, fisicamente, foram alguns beijos de criança. Mas foi com você o meu primeiro beijo, você foi a primeira pessoa a dizer que me amava. A medida que o tempo foi passando, eu imaginava como você estava, se tinha crescido, mudado... Sonhava com seus olhos verdes brilhantes, e seus cabelos escuros. Te quero como nunca quis ninguém. -ele se aproxima e sussurra em meu ouvido, fazendo os pelos do meu pescoço se eriçarem. Sua respiração quente me enlouquece, e seu hálito doce me invade.- Você me atrai de formas inimagináveis, quero fazer tudo com você, boneca. Sou seu. Sempre fui seu. -eu respiro com dificuldade, quando ele afasta meu cabelo do rosto.
Karol: Então te peço apenas uma coisa. Me faça sua. -e selo nossos lábios, eliminando o pouco espaço que ainda restava entre nós.
Hihi, amo esse casal. Inclusive, voltei a dividir os parágrafos certinhos pra vcs comentarem entre eles, esqueci de fazer isso antes kkkkkk
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O Desafio
Fanfiction"Eu sabia que estava encrencado, desde a primeira vez que te vi." Karol Sevilla sempre viveu acostumada com a perda, pelo fato de seu pai ter um cargo militar importante, e precisar constantemente trocar de país. Porém isso muda ao completar seus 18...