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Ruggero on: Saí da casa de Karol, e fui pro meu apartamento, que antes era dos meus pais. Como eles se separaram, o filha da puta do meu pai resolveu fugir de Nova York com a amante, deixando minha mãe sozinha. Ela chegou à conclusão de que ficaria melhor morando com a minha avó, então há mais ou menos 6 meses, estou morando sozinho aqui. Nunca contei os detalhes da separação dos meus pais a ninguém, acho que isso me torna vulnerável demais, exposto demais. Por isso, nunca comento sobre o assunto. Estava no elevador quando meu celular começa a vibrar, olho a tela e vejo o nome de Mike escrito.

Ruggero: Fala irmão, beleza?

Mike: E aí, Mano! Tô tentando te ligar há horas, onde você tava?

Ruggero: Ah, tava com umas coisas na cabeça, saí um pouco de casa e esqueci o celular... -falo, procurando minhas chaves.

Mike: Tô ligado, problemas com a faculdade? Ou com alguma garota em especial? -sinto o tom de malícia em sua voz, como se esperasse que eu admitisse algo.

Ruggero: Primeira opção, irmão. Não sou do cara que sofro por garota alguma. -falo, mas na hora o rosto sorridente de Karol me vem na cabeça.

Mike: Hum, sei. Te conheço, cara. Já percebi o seu olhar pra Karol... só não se apaixona, ou já contou pra ela que você vai pra universidade de Boston, que fica a mais de 300 quilômetros daqui?

Ruggero: Não contei nem pra ela e nem pra ninguém ainda, então me faz o favor de não comentar isso em voz alta Michael. -falo, apreensivo. A Karol não podia descobrir pelos outros que eu estava indo embora dentro de um mês.

Mike: Relaxa, Rugge. Não vou falar pra ninguém enquanto você não falar. Mas por falar na Karol, vocês estavam juntos ontem né? -não respondo, e ele entende como um sim.- Cuidado com ela, irmão. A Karol não é mais uma das mulheres que você pega num dia e nem lembra o nome no outro. Ela não merece sofrer por você, e nós dois sabemos do passado de vocês.

Ruggero: Eu sei. Não vou machucá-la, nem dar continuidade a isso. Não vai dar certo de qualquer forma. Te vejo depois. -desligo, e solto um suspiro, me jogando no sofá. Se ele soubesse que havia muito mais coisa em jogo...

Chego na casa de Mike mais cedo, e encontro Agus com Mike e a Valen num canto. Karol ainda não chegou. Eu sei que tínhamos combinado de não falarmos nada pra ninguém, mas temos o mesmo círculo social, portanto tínhamos que socializar. Converso um pouco com Agus, quando a vejo entrar com Lina. Ela está linda. Na verdade, linda chega a ser uma ofensa perto dela: ela está deslumbrante. Sua roupa lhe caiu perfeitamente, e como sempre, seu rosto tinha um brilho natural. Nossos olhares se encontram, e abro um meio sorriso.

Karol: E aí, Pasquarelli? -ela fala com naturalidade, como se não me visse há um tempo. Cerro meus olhos de forma sarcástica, e a abraço.

Ruggero: Tudo certo, andei meio ocupado... -ela ri alto, mas ninguém mais parece entender a graça, então falo a primeira coisa que penso para disfarçar: Acho melhor irmos logo, a festa já tá rolando.

Valen: Sim, também acho. Mas penso que seria melhor irmos em um só carro, pois depois de qualquer forma vamos todos dormir aqui. -olho pra ela confuso.

Karol: Mas Valen, somos seis pessoas. O carro tem cinco lugares. -Valen sorri, diabolicamente.

Valen: Você pode ir no colo do Ruggero. -nos olhamos, nervosos.

O caminho para a festa foi silencioso, mas Karol e eu estávamos tranquilos, brincando com os dedos um do outro, num canto onde os outros não viram. Óbvio que ter ela no meu colo me excitou, e sei que ela percebeu. Mas logo chegamos na festa, e nos separamos. Passo um tempo conversando com o pessoal, sempre mantendo um olho em Karol. Até vê-la conversando com o Lionel. Sinto um sentimento estranho dentro de mim, e saio do caminho dela indo em direção a uma mesa com bebidas. De imediato me sirvo um copo de vodka com energético -precisava de um pouco de álcool para relaxar- a Karol não era 100% minha, e eu não tinha direito de sentir nada. Não sentia nada. Quando ia em direção ao outro lado, sinto um puxão no braço direito.

Candelária: Oi Ruggerinho. Como você tá? -ela acaricia meu braço, e eu estremeço.

Ruggero: O que você quer? -ela sorri.

Candelária: Não esqueci daquela aposta, nem o resto do pessoal. -ela sussurra, de modo que apenas eu possa ouvir.

Ruggero: Não ficou claro ainda? Tô fora dessa aposta, não quero mais. -falo, como se para mim fosse algo óbvio.

Candelária: Ah. Ah, bem... Então vou ter que contar para Karol sobre isso, ou vai me dizer que ainda não cumpriu o prometido? Acho difícil ela confiar em você, depois disso... -fico petrificado, encarando o vazio.

Ruggero: Você não faria isso. Se ainda nutre algum tipo de sentimento por mim, não faria isso. -ela sorri, como se eu tivesse dito um elogio.

Candelária: Você sabe que eu faria. Então acho melhor cumprir sua palavra. -ela me da um beijo no rosto, e sai sorrindo, enquanto eu encaro a Karol de soslaio, e uma ponta de medo perpassa meu olhar.

Oi amoresss! Fiquei meio sumida aqui por uns dois dias, pq tô de férias e resolvi tirar um tempo pra minha criatividade KKKK

Fiz um capítulo maior hoje, pra compensar. Espero que gostem!❤️

Agora as verdades vão começar a aparecer...

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