Olhei para os olhos de Ellen que estavam marejados, eu me arrependia do tanto que magoei ela, mas não de ter escondido a verdade, por que eu tive ela pra mim, eu tive a chance de... Amar ela, mesmo que ela nunca mais fosse minha eu a tive por um tempo- você acha que e dele? - perguntei - dizem que as mulheres sabem... Elas sentem sei lá - eu ri sem jeito
- dizem que as mulheres sabem quando estão grávidas também... Porém eu devo ser uma excessão a regra - ela também riu - eu as vezes quero que seja do Patrick... Mas as vezes quero que seja seu
- por que?
- se fosse dele... Não teria nada que me liga a você... Eu podiria seguir... Patrick me faz bem
- mas se for meu?
- nos aprenderemos a viver... Eu sei que vamos... Mas não e só isso... E por causa do que me falou
- o que eu falei?
- quando contei que estava grávida... Falou sobre o nome
- só por isso? - ele pareceu magoado
- não... Também por que e meu amigo... Você é bom... Eu deveria não querer que seja você o pai
- mas quer!
- uma parte - concordei
- mas o que você acha?
- não sei - eu sabia sim, Giacomo tem razão, as mulheres sabem, sempre sabem, mas eu não quero saber
- e melhor eu ir
- está chovendo - falei
- estou de carro, não vou me molhar
- não quero ficar sozinha, tenho medo de trovões...
- e o Patrick?
- ele viajou a trabalho... Só volta amanhã... Pensa que vai deixar a mãe do seu possível filho sozinha aqui
- chantagem? - ele riu
- talvez... Lembra de quando eu cuidem de você? Quando sai na chuva? Pra cuidar de você? Quando éramos amigos
- eu lembro Ellen - ele falou gentil
- pois é... Cuida de mim agora... Não tô doente, mas tô grávida, com fome e com medo
- fome? - ele riu mais
- sim... Daquela macarronada que faz
- tem isso nessa casa? - eu sabia que sua pergunta era puta provocação
- sim... Fiz compras ontem - comecei a rir
- então vamos... - ele foi para a cozinha e como antes ele simplesmente começou a pegar o que precisava para a macarronada - ia oferecer vinho, mas não pode - ele riu me olhando fazer careta