Lopes, O Cavaleiro sem Cabeça

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Duas semanas depois....

ние ще бъдем един друг... — Falava Karkaroff como um mantra, repetindo incessantemente enquanto cunhava com um pequeno pedaço de metal a imagem das relíquias da morte na parede de sua cela. — ние ще бъдем един друг...

Seu olho direito brilhava em tal intensidade que parecia que a qualquer momento ele sairia da orbita do próprio rosto. Nas outras celas uma gritaria sem fim era ouvida, como se os prisioneiros estivessem em plena guerra.

E como se fosse ele o causador de toda a violência, ao ter sua pálpebra cobrindo o globo ocular, tudo voltou ao silêncio. Cada um dos apenados despertaram do frenesi em que se encontravam e voltaram para suas camas, como se nada tivesse acontecido.

Enquanto em sua cela, Breno começava a gargalhar enlouquecidamente, observando a figura das relíquias da morte recém finalizada, cunhadas na parede de rocha.

[•••]

O relógio já apontava 22:00 hrs no salão principal e a maioria dos alunos já haviam se encaminhado para seus dormitórios.
Apenas Scorpius e os colegas de sua turma aguardavam espalhados pelas mesas.

Naquela noite de lua cheia teriam uma aula especial sobre trato de criaturas mágicas.

Scorpius tinha nas mãos mais uma carta de Hugo que chegara pela manhã, contando algumas novidades referente aos professores que haviam sido substituídos por uma pequena epidemia de gripe de fada. Além da viagem misteriosa que Enedy havia feito até Azakaban e apesar de tentarem desmentir de todas as maneiras. Sabiam que algo havia acontecido com Breno.

— Atenção todos! Podem me acompanhar! — Chamou Honório, professor de Trato das Criaturas, com um pergaminho nas mãos verificando se todos os alunos estavam presentes.

Scorpius seguia acompanhado de Jeniffer  e Gabriel, conversando sobre como a prova de Velkan na manhã seguinte iria ser difícil, já que com essa tarefa, teriam pouco tempo para descansar. Esperava mentalmente que Velkan entendesse a situação e a trocasse de horário. Anastácia  era uma das jovens que Scorpius havia feito amizade além de Gabriel. Nascida no sudeste do país a menina negra de cabelos crespos e olhos verdes marcantes, havia se tornado uma versão um pouco mais baixa de Polly. E Scorpius ao lado dos dois se sentia muito a vontade e tinha certeza que com eles poderia contar enquanto estivesse ali.

— Olha se não é o Malafoy... — Comentou Luana com suas duas melhores amigas em seu encalço. As duas irmãs Antônia e Betânia da Silva. — Pronto para se borrar de medo?

— Ah... Oi Gutiérrez... Medo? Porque eu ficaria com medo? — Pediu Scorpius ao ver o trio interromper o caminho que faziam para fora da pirâmide.

— Gutiérrez, porque você não vai ver se estamos na esquina? Eu ein... Guria chata... - Retrucou Jeniffer tomando a frente dos dois garotos, empurrando as irmãs para o lado, assim abrindo caminho para o trio poder seguir o professor.

Luana revirou os olhos e ficou quieta, fitou os três se afastarem e avisou para as duas parceiras.

— Vamos prestar atenção neles meninas, aposto que na aula de hoje, vamos dar muita risada com esses idiotas...

— Oque você tem contra eles Luana? O garoto novato é legal... — Antônia demonstrou estar confusa com a atitude da amiga. Não lembrava de ter visto alguma confusão entre os dois, até que Bethânia sussurrou algo em sua orelha.

— Oque vocês estão cochichando ai? — Luana fechou o rosto um tanto irritada. — Estão falando de mim? Desembucha logo! Ou vocês vão ver!

— Calma, calma! Não precisa ficar arretada...

 Scorbus - A Castelo Bruxo - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora