Scorbus - A Castelo Bruxo - LIVRO 2

O Sr. Scamander

— Atenção! Todos em seus lugares! — Pedia Velkan que havia se tornado ainda mais, se era possível, atração das meninas e de alguns meninos da escola.

A sala de DCAT estava abarrotada de alunos de todas as idades, tentavam conseguir os melhores lugares para poder ouvir a palestra daquela manhã.

Scorpius, Anastácia e Biel haviam conseguido os últimos lugares vagos na metade da sala. O jovem Malfoy tentava olhar para a direção do quadro, mas quase não podia enxergar de tantas cabeças que atrapalhavam sua visão.

— Bom meninos e meninas... — Pediu professora Avoada fazendo um movimento com sua varinha, silenciando todos os alunos do outro lado da sala — Lembrem-se, senhor Scamander já tem uma idade avançada então façam pouco barulho e nada de conversas aleatórias. Prestem bem atenção em tudo oque ele falar, tenham suas penas e pergaminhos por perto e lembrem-se! Tudo que ele falar poderá cair nos futuros exames!

Ninguém ousava dar um pio se quer, os olhos da grande maioria se mantinham atentos a qualquer movimento. A ansiedade estava impregnada em todos os alunos, Newt Scamander dava palestras na escola quando sua saúde permitia, para despertar a conscientização de como a fauna mágica deveria ser protegida e suas últimas descobertas.

— É hoje Scorpius? — O loiro fitava tão profundamente o quadro com um grande texto sobre animais que nem percebera ser questionado por Anastácia. — Scorpius?

— Ah... Oque Tácia? — Ele olhou para a amiga e sorriu.

— É hoje que o senhor Scamander vai te entregar a resposta da carta?

O loirinho assentiu surpreso, havia se esquecido totalmente do pedido feito por Hagrid no último dia de aula em Hogwarts. Seu olhar realçou sobre a porta que vagarosamente se abria e Biel comentou o cutucando com o cotovelo.

— É ele...

O rosto marcado por cicatrizes não escondiam as sardas existentes na pele enrugada abaixo dos olhos e levemente queimada pelos incessantes dias em baixo  do sol amazônico.

Newt Scamander sorriu da mesma forma tímida que sempre teve e caminhou apoiado em uma bengalinha um tanto suja do que parecia ser lama.

Apesar disso, suas vestes azuis e amarelas estavam impecáveis, seu óculos redondos pousavam calmamente em seu rosto dando um ar de sabedoria ao senhor de olhos verdes.

Todos se mantinham em silêncio, tanto que nem fora preciso nenhum professor pedir novamente, todos estavam calados e ansiosos para adquirir a sabedoria daquele homem de mais de 200 anos.

— Bom dia meninos e meninas... Obrigado aos professores pela receptividade com a qual sou recebido todos os meses que venho aqui....

Scorpius olhava para o idoso, encantando, como ele parecia demonstrar vitalidade apesar da idade avançada que possuía.

— Alguém se lembra da nossa última conversa?

Um pequeno jovem primeiranista levantou sua mão, movimentando ela freneticamente para chamar sua atenção.

— Sim...

— Senhor Scamander, bom dia! Paramos na parte que o senhor falava sobre a importância de mantermos a fauna mágica protegida.

— Bem... — Respondeu dando um sorrisinho. — Alguém poderia dizer-nos qual animal é símbolo da ganância pelo qual nossa fauna mágica vem sendo vítima?

— Aqui senhor! — Se levantou uma jovem do sexto ano, com um sorriso nos lábios.

Biel revirou seus olhos e deu de ombros. Percebendo isso, Scorpius cutucou o colega.