Eu abro a braguilha de minha calça velha.
Deixo sair meus políticos, putas, inimizades e guerra.
Relaxo minhas pernas e minha autoestima se levanta
Encontro sua boca sedenta, e como o carro no túnel,
Adentrando o buraco escuro, indo e voltando, velozes ou não.
Eu largo de mão a sua cabeça como se guiasse bois,
Seguindo na mesma toada por meio do pantanal.
Caminhando nas veredas sertanejas alagadas - impar.
E você me bebe como água cristalina - tão sedenta a sede crua.
Promiscuidade acalorada em dias de ferro e músculo,
Donde desvendas becos sinuosos e curvos e largos.
Apalpa paredes de penugens e pelos sujos, desgasta-te e chora.
Exploras monumentos a sua frente sem receio,
Das vezes, CEM um único desejo, sem prazer.
Mata-me com seus doces beijos guturais, enquanto bebes,
Meus filhos, meus netos, bisnetos - talvez eu.
Limpa-se sem cerimonias e sabes que tens de fazer.
Não me beijas, veste-se e lentamente sais.
E eu fecho velozmente minha braguilha, pois
Livrei o mundo de alguns políticos, putas, inimigos e filhos meus.