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Namjoon olhava para Sunhee, a analisando de cima a baixo. Ela com toda certeza não era mais aquela garota assustada que resgatou a quatro meses atrás, agora ela era uma mulher, forte e destemida, e ele admirava isso.

— Agora que estamos sós, diga-me o quer e depois vá embora. - ela disse o olhando de modo duro.

— Me deixe por dentro do assunto de sobre Yugyeom. - falou calmo, e ela mesmo sem entender começou a falar.

— Ele foi encontrado ontem perto da fronteira, recebeu o tratamento necessário, e acordou somente durante a manhã. - deu inicio a explicação. - Primeiro ele contou uma história, mas depois que mandei alguém interrogá-lo ele contou outra coisa. Ele está machucado, mas não acho que isso interferiria no caráter dele, ele pode estar confuso, essa é uma opção, mas não vale apena correr o risco.

— Então qual foi a ordem? - levantou a sobrancelha.

— Ninguém vai tratá-lo como um prisioneiro, mas vão ficar de olho nele, de forma constante. - respondeu.

— Ótimo. Algo mais? - questionou.

— Não, já pode ir embora agora. - falou sem olhá-lo.

— Eu vou. - falou levantando-se - Mas você vai comigo.

— Não, eu não vou. Eu sai daquela casa para não voltar mais, Namjoon. - antes mesmo que ele abrisse a boca ela continuou. - Não vou viver com você só por causa do meu filhote, quer ter contato com ele? Ótimo, você terá, quando ele nascer, antes disso eu não quero ter que olhar na sua cara. - ela falava de uma forma calma, mas firme. - Talvez eu tenha me iludido muito além da conta quando pensei que você era o alfa perfeito, porque bastou somente um inconveniente e você jogou tudo para o alto. Eu não sei onde você enfiou todas as declarações, as promessas, e sinceramente não quero saber, pode deixá-las onde estão.

— Você é minha ômega lembra? Têm minha marca, não pode simplesmente deixar tudo pra lá. - ele falou entredentes, seu humor oscilava novamente.

— Engraçado, você esqueceu destes detalhes na última semana? - perguntou de forma cínica. - Porque pelo jeito que me tratou eu parecia mais uma empregada, muito indesejada até. Recebi olhares de desgosto, fui ignorada, quantas vezes mesmo que você rosnou para mim me ameaçando? Se é dessa forma que você trata sua ômega, sua companheira, eu não quero ser ela, procure alguém sem amor próprio Namjoon.

— Não está pensando com clareza Hee. - ele fechava os olhos e apertava os punhos, como se estivesse fazendo muito esforço.

— Na verdade querido, eu estou pensando muito bem. - ela sentia a raiva e a agonia vindo dele. - Então se você se importa ou se ainda tem ao menos um pigo de respeito por mim ou pelo filhote, vá embora de uma vez, sua presença não está fazendo bem para nenhum de nós dois.

— Não pode ficar muito tempo distante de mim e sabe disso. - disse abrindo os olhos para fitá-la. - Vou te dar poucos dias, e depois vou vir buscá-la, e não importa o que diga, vou te levar comigo, nem que eu tenha que te arrastar.

Dito isso, o lúpus deu as costas indo embora. Sunhee que mantinha uma pose ereta, firme e defensiva, murchou, apoiando-se no sofá respirando fundo diversas vezes. Tendo sua respiração e seus batimentos cardíacos normalizados, a loira notou que já não estava mais sozinha na sala, olhou ao redor vendo-os lhe lançar olhares preocupados, exceto por Jiyong, era raro ele deixar seu rosto expressar algo.

— Ele está certo, não pode ficar longe dele muito tempo. - falou Taehyung a observando com os braços cruzados.

— Não disse que vou ficar longe dele, eu disse que não queria vê-lo e que não voltaria para a casa dele. - a olharam sem entender. - Ele vai ter que ir ao escritório, ainda é o líder da matilha e precisa agir como tal. Então eu também vou, o cheiro dele e a presença mesmo que não tão perto, já vai ser o suficiente.

Experiência 3.2.3Onde histórias criam vida. Descubra agora