- Dezembro, 22 de 1743
__Pov's Park Sunhee
Embora eu odiasse admitir estava cada vez mais difícil permanecer longe de Namjoon, não só pelo meu filhote mas também por mim, a marca me deixou totalmente dependente dele, e eu tendo sentimentos fortes pelo alfa somente intensificou ainda mais tudo isso. Quando ele descobriu que eu estava ficando na casa de BamBam foi uma confusão enorme, eu estava sozinha com Lisa, nós duas estávamos decidindo aluns detalhes para o canto do bebê.
Demorei para admitir para mim mesma, mas aquele Namjoon me deixava com medo, ele era sempre autoritário e agressivo, o que mais me deixava apavorada, ele não hesitava em vir para cima de mim ou de qualquer um. Várias vezes me peguei pensando se era realmente seguro deixar Bora e Moonbyul com ele, eu tinha medo por elas, aquele homem estava louco.
Quando descobriu aonde eu estava, ele simplesmente invadiu a casa de Kunpimook, gritou comigo dizendo que eu não ficaria mais ali, e começou a me arrastar para fora, Lisa gritava pedindo que ele parasse por que poderia machucar a mim e ao meu filhote. Se não fosse por Jin e BamBam eu teria sido arrastada por toda a resistência até a casa de Namjoon.
Kun veio em minha defesa, tirou ele de perto de mim e me levou até onde Lisa estava, a acolhendo também. Seokjin lutou contra ele e levou uns bons socos mas bateu também deixando umas belas marcas no rosto de Namjoon, naquele dia eu ouvi o que pensei que jamais escutaria, o som mais horrível que pode haver para um ômega. A voz de alfa.
Por ser quem ele é a voz dele é muito mais penetrante que a de qualquer um, minha cabeça doeu como se alguém a tivesse arremessado contra a parede, meus ouvidos ardiam com um zumbido insuportável extremamente forte como se uma colmeia inteira de vespas estivessem em volta dos meus tímpanos. Eu gritei de dor, não consegui me manter em pé e fui de encontro ao chão, Lisa sendo mais rápida que BamBam me segurou para que eu não batesse a cabeça, ela ficou ao meu lado me abraçando, agonizando junto a mim.
Jin disse que quando se deu conta do meu estado Namjoom se transformou, como se tivesse voltado a ser aquele alfa preocupado e atencioso de antes, disse que ele pediu inúmeras desculpas e foi embora correndo, ele claro não foi atrás, veio ajudar a mim e a outra ômega. Aquela foi a última vez que eu vi Namjoon, não sei se foi porque ele desistiu de vir atrás de mim ou porque começaram a vigiar para que ele não se aproximasse mais.
— Está divagando de novo. - ouvi Jisoo dizer
— Estou inquieta omma, o bebê não para quieto por um só segundo e minha cabeça está explodindo. - bufei e ela deu um sorriso pequeno, sempre fazia isso quando eu a chamava de mãe.
— Sei que está preocupada meu bem. - ela disse me abraçando. - É normal, pra uma grávida que precisa de repouso você tem passado por muita coisa.
— O que vocês fizeram com ele afinal? - perguntei finalmente, sei que se não tivessem feito alguma coisa ele teria vindo atrás de mim novamente
— Seu pai trancou ele no porão da casa dele. - ela cotou. - Ele mesmo não se opôs a isso, Bora tem levado comida pra ele todos os dias, mas isso vai precisar mudar, o cheiro dela sumiu de vez e ela está cada vez mais fraca, logo ela não vai dar conta nem dela mesma, muito menos de Namjoon e Moonbyul.
Também passei a chamar Seokjin de pai, mas não na frente dele é claro, mas se alguém me perguntasse eu responderia com muito gosto que ele era meu pai.
— Vocês não cansam de fofocar não? - Tae perguntou entrando no cômodo
— E você não cansa de ser tão chato não? - revidei sua provocação.
— Vocês dois não comecem por favor. - Jisoo pediu rolando os olhos.
— Que está fazendo aqui mesmo? Meu pai não te pediu ajuda no hospital? - perguntei diretamente pra ele.
— O Meu pai - deu ênfase na palavra dando um sorrisinho provocativo deixando claro a implicância. - pediu sim minha ajuda, mas aconteceu uma coisa e ele mandou eu vir buscar você.
— O que aconteceu? - perguntou a ômega mais velha.
— Eu não sei Ji, mas pelo jeito é algo sério.
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Fomos os três juntos para o hospital, não conversamos durante o caminho porque estávamos preocupados com o que poderia ser. Quando chegamos lá Jin estava na sala de espera nos aguardando, ele explicou a situação disse que Bora chegou lá sendo carregada por Hoseok e Yoongi vinha logo atrás carregando Moonbyul, aparentemente a mulher estava com ela no colo quando desmaiou, por sorte a filhote não teve mais um inchaço leve na cabeça e no ombro, mas não podia ser dito o mesmo pela mãe dela.
— Ela pediu que chamassem você, o estado dela é muito critico, seja o que for que ela tenha pra te dizer tenha paciência, ela está fraca e pode ter dificuldade em falar. - o patriarca Kim me explicou com calma, eu concordei e entrei no quarto onde ela estava.
E ela estava péssima, tinha alguns arroxeados provavelmente pela queda, ela estava ligada a alguns aparelhos que eu não conseguia identificar, estava pálida e seus lábios escuros se assemelhavam a de um cadáver aquela imagem me deixou aterrorizada, e quando ela abriu os olhos e olhou em minha direção eu pude ver o porque de seu estado. Seus olhos estavam em uma cor cinza escuro e gélido, como de uma nuvem carregada, mas não era nada bonito de se ver, ela havia perdido toda a conexão com sua fêmea, a alma dela estava morta.
— Pensei que não fosse vir. - ela falou calmo baixo e totalmente fraco.
— E porque eu não viria? - perguntei me aproximando e me sentando na cadeira ao lado da maca.
— Por que eu estraguei sua relação com seu alfa? - falou como se aquela fosse a resposta óbvia
— Já conversamos sobre isso Bora. - eu suspirei. - O único que estragou minha relação com meu alfa foi ele mesmo, por favor não vamos ter essa conversa de novo.
— Certo, não toco mais o assunto. - disse com um sorriso quase nulo, era sempre assim que acontecia quando nos encontrávamos. - Te chamei para pedir algo.
— Então aproveite do meu bom humor. - brinquei escutando sua risada fraca. - Pode pedir.
— Quero que cuide da Moony pra mim. - a olhei sem entender. - o Dr. Kim não me disse nada mas ele não precisa dizer para eu saber que não vou mais sair da cama de hospital. Então eu quero que cuide da minha filhote pra mim sei que ela é muito apegada a você assim como você é a ela. Além do mais, você é a única que eu confio e que tem o necessário pra poder ficar com ela. - ela disse levantando uma de suas mãos a levando em direção a um de seus seios.
— Mas eu pensei que fosse querer ela aqui com você. - falei ainda surpresa com o seu pedido.
— E condenar minha filha a uma rotina hospitalar quando a doente sou eu? Não mesmo. - falou firme. - Só peço que traga ela aqui para que eu possa vê-la. Só isso.
— Claro que eu vou trazê-la.
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Experiência 3.2.3
FanfictionSetembro, 1743 Guerra. Já fazem três anos que começou a grande guerra, e com ela veio todo o caos e medo. Em todo continente, foram criados campos de concentração, onde ficam aqueles que são considerados não puros, mestiços ou híbridos, costumados a...