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O sol estava se pondo, a base estava tranquila e silenciosa, Jackson mal podia se aguentar de ansiedade, queria terminar logo sua ronda para poder ir para casa do seu alfa. Depois da discussão que tiveram não houve muito tempo para conversarem, mas graças a insistência do Wang eles fizeram as pazes, mas não tocaram mais no assunto. O que deu tempo para que pudesse pensar sobre, ele sabia que a forma medrosa e hesitante como agia magoava seu companheiro, mesmo não sendo dito, Jackson sabia que Mark se sentia de certa forma rejeitado, um romance as escondidas no começo foi bom, gostoso e excitante, a sensação do perigo nos encontros as escuras a adrenalina que contribuía com o tesão que os proporcionava cada vez mais prazer, era maravilhoso, mas conforme o tempo foi passando aquela sensação de êxtase foi passando somente deixando espaço para a insegurança, incerteza, assombro de falsa estabilidade e de um futuro infeliz.

Jackson de nenhuma maneira queria que o outro fosse infeliz ao seu lado, pelo contrário, queria lhe passar proteção, cuidado, carinho, amor e a felicidade. Então se o que Mark queria era ter seu relacionamento assumido para quem quisesse saber, era isso que Wang daria a ele, sem mais medos, sem obstáculos, seriam os dois contra todo aquele mundo preconceituoso de merda. Riu ao pensar assim, uma frase clichê e idiota que deveria ter entrado em sua cabeça a muito tempo, muito antes de ter magoado aquele que amava por medo do desconhecido, por medo de um futuro que poderia ou não os fazer mal.

Estava decidido, ao terminar de seu turno passaria na casa do Tuan, se declararia como nunca tinha feito antes, e se ele ainda quisesse, o assumiria como seu. Seu amigo, seu companheiro, seu amado, seu alfa.

Faltava menos de cinquenta metros para terminar sua patrulha, já estava tirando o colete pesado que servia para carregar suas armas quando sentiu um cheiro muito perto dali. Um cheiro familiar, que se misturava com sangue e pólvora, montando guarda ficando em uma posição que facilitaria tanto sua defesa como seu ataque, Jackson começou a seguir o cheiro que vinha de fora da trilha, cauteloso como sempre se aproximou podendo ver um corpo muito machucado estirado no chão, e fedia, fedia não só a cheiros misturados mas também a algo podre, como um corpo em decomposição.

Deu a volta mantendo uma distancia segura, para que pudesse ver o rosto do intruso, e quando finalmente o viu, não podia acreditar em seus próprios olhos. Lá estava ele, jogado no chão de uma maneira desleixada, com feridas abertas e sangue seco misturado a lama que cobriam boa parte visível do seu corpo, Wang deu um passo a frente hesitando quando viu o corpo se mover tão lentamente, que parecia doloroso.

— Yugyeom? - chamou com voz baixa e preocupada.

— Aj-ajuda.


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Dezembro, 21 de 1743


Sentindo uma vontade absurda de vomitar, Sunhee pulou da cama correndo para o banheiro se debruçando sobre o vaso de forma apressada, colocando todo seu jantar da noite anterior para fora. Respirou fundo algumas vezes, sentindo seu próprio desconforto e um sentimento de preocupação, que claramente não vinha de si. Acariciou a barriga na tentativa falha de acalmar o filhote pela agitação que sofrerá logo pela manhã, se levantou fazendo suas higienes, certificando-se de que sua boca não estava suja ou com um cheiro ruim.

Experiência 3.2.3Onde histórias criam vida. Descubra agora