0.0.8

24 5 11
                                    

ATENÇÃO; este capítulo pode conter gatilhos para leitores sensíveis a conteúdos como abuso e violência

━━━━━━━✦✗✦━━━━━━━━




Fevereiro, 02 de 1718.

A mulher andava de um lado para o outro apressada em fazer o serviços de casa antes que seu marido voltasse, não queria levar bronca ou pior caso ele estivesse bêbado, e também não queria que nada acontecesse com seu filhote caso ele tentasse interferir. Esse casamento era uma farsa, seu pai a obrigou a se casar e como ela já não tinha mais sua pureza ela não tinha muitas opções, era isso ou viver em um bordel sendo exposta a qualquer um que pudesse pagar pelo seu corpo, o que literalmente poderia ser qualquer um. Não era de todo mal essa união, na verdade a unica coisa boa era seu pequeno grande alfa.

— Omma deixa eu te ajudar com isso, assim termina mais rápido. - ele falou arrancando o pano da mão da ômega.

— Nada disso, você trabalhou muito essa manhã, sei que está se esforçando para conseguir a aprovação do pai daquela ômega bonita.- falou tomando o pano de volta.

— Mas eu também tenho que cuidar de você. Já tenho 15 anos sou um homem formado.- Falou inflando o peito.

— Tudo bem homem completo, termine de limpar, eu vou até o comércio comprar as velas que o seu pai gosta, se ele chegar antes de mim apenas avise isso e saia de casa, e se ele estiver bêbado não fale nada. - ela orientou o mais novo enquanto pegava algumas moedas para comprar as tais velas.

—Mãe...! - interrompeu a mais velha.

— Não discuta comigo, apenas obedeça, esse homem não pode tocar em você novamente.

Então ela saiu, e atravessou o bosque sorridente lembrando de quando passeava com sua mãe quando era pequena, quando esta ainda era viva. Mas ela não tinha tempo para divagações. Comprou as velas e voltou pelo mesmo caminho, sempre tranquila, tão tranquilo que não sentiu presença alguma por perto e só notou que estava em perigo quando uma mão forçou um pano sobre sua boca a fazendo desmaiar.

✥---------------✥---------------✥


— Onde está aquela imprestável? - o alfa perguntou enquanto se jogava no sofá puxando uma ômega qualquer para o seu colo.

— A sua esposa foi até o comércio, comprar as drogas de velas que você tanto gosta.- falou irritado o que só fez o mais velho rir.

— Ao menos para isso ela serve não é? Já que não consegue me dar mais filhotes, além de você, que é um imprestável como ela.

Sem dizer mais nada o jovem alfa saiu do casebre batendo a porta com força, foi procurar por sua mãe, afinal já estava anoitecendo e ela nunca ficaria fora até tão tarde.

✥---------------✥---------------✥

A mulher acordou desorientada e assustada, sua mandíbula doía e sua cabeça latejava, ela levantou ficando sentada no que parecia ser uma cama. Sua visão embaçada aos poucos voltava ao normal, e ela pode ver que estava em uma espécie de cabana, quase não tinha janelas e era muito pequena, quando ela tentou levantar percebeu que o seu pé estava preso a cabeceira da cama, seu corpo entrou em combustão e sua mente explodiu a deixando em desespero, e sem saber o que fazer ela começou a chorar e a se debater, sua aflição era tamanha que ela sequer percebeu o corpo alto e robusto aproximando de si.

Experiência 3.2.3Onde histórias criam vida. Descubra agora