A ideia de tentar conversar com Hallia me parecia ótima até ver ela subir em cima da cadeira, tudo desmoronou naquele momento, eu sabia que ela não estava bem, talvez tenha parado de tomar os remédios para Toc o que faz com que ela pire se as coisas saírem do seu controle, suspiro e a observo começar o seu discurso.
—Galera, prestem atenção aqui por favor, aliás se quiserem gravar eu super aceito isso vai ser épico.
Vejo todos se virarem para ver o que está acontecendo, e volto a suspirar, Hallia olha bem nos meus olhos antes de voltar a falar.
—Bom todos devem lembrar do nosso mascote, é aquele mesmo que foi roubado.
O murmurinho começa, e eu sinto tudo rodar, ela vai revelar, ela não pode revelar, quero impedir mas todo meu corpo trava, não consigo me mover, minha boca seca e sinto que posso desmaiar a qualquer momento até que sua voz volta a preencher o refeitório.
—Silêncio pessoal, bom voltando ao assunto para quem não se lembra nosso mascote da sorte, aquele que sempre que tava no jogo nós ganhava-mos, então a fantasia foi roubada e todos desconfiaram dos caras da outra escola mais…
Ela olha para mim com um olhar de quem sabe que acabou comigo, e desce do banco caminha até mais ou menos o meio do refeitório e volta a falar.
—O que ninguém pensou é que o ladrão ou a ladra podia tá aqui no nosso meio e eu posso apresentar a vocês ela.
Ela caminha até mim e me puxa pelo braço e eu nem mesmo consigo ter uma reação.
—Aqui está, foi ela que ajudou o Peter Fitzgerald a roubar a roupa do nosso mascote da sorte.
Todos começam a vaiar, e eu sinto vontade chorar.
—Você tem como provar?
Alguém grita do meio da bagunça fazendo com que o silêncio se instale no refeitório.
—Eu tenho uma testemunha e fotos, vocês querem ver?
Hallia olha para alguém que não consigo identificar quem é, eu apenas sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto quando as fotos aparecem no telão e quando todos começam me xingar, saio dá li correndo e vou para onde ninguém vai me procurar em baixo da arquibancada, o problema é que eu não percebi que Jack havia me seguido sento na grama que tem ali encolhida com a cabeça entre as pernas libero o choro que estava prendendo todo o tempo no refeitório sinto a mão de Jack nas minhas costas e logo depois ele me abraçando eu o abraço e coloco o rosto em seu ombro, sinto alguém se aproximar mais não levanto o rosto, eu não sei quanto tempo ficamos ali, eu apenas levanto o rosto quando me sinto mais calma, suspiro tentando me recuperar e é quando eu vejo Trevor sentado na minha frente ele parece pensativo.
—Você não devia estar aqui.
Minha voz sai rouca então tento limpar a garganta, Trevor me olha mas parece mais triste do que eu o que me deixa com o coração partido.
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Hallia e Hannah - Romances Londrinos (1)
Novela JuvenilHallia Whit e Hannah Walker se conhecem desde sempre, amigas inseparáveis, confidentes, que apesar das diferenças aprenderam a lidar com isso, mais e se um cara entrasse e bagunçasse tudo, fizesse com que tudo virasse de cabeça para baixo, mesmo que...