cap22: Abrindo os olhos!

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    Sinto o sol tocar no meu rosto entretanto o cansaço é bem maior, então continuo quietinha sentindo abrisa do amanhecer tocar meu rosto

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    Sinto o sol tocar no meu rosto entretanto o cansaço é bem maior, então continuo quietinha sentindo abrisa do amanhecer tocar meu rosto. Minha mente começa a passear por tudo que aconteceu, para situar você já faz duas semanas desde o acidente da Hannah. Ela acordou ontem sem memória o que faz eu questionar que se ela lembra-se de tudo me perdoaria?

      Resolvo levantar quando ouço passos no corredor tenho certeza que são meus pais saindo do quarto. Faço minha higiene e tomo um banho, depois de vestir uma roupa organizo meus materiais e desço. Assim que coloco o pé na cozinha sinto um clima estranho entre meus pais, suspiro ao constatar que eles brigaram.

—Bom dia família!

—Bom dia!

     A resposta junta e monótona faz com que eu tenha certeza que brigaram. Sento com eles e tomo meu café em silêncio enquanto passa um filme na minha cabeça de como foi ver Hannah por tanto tempo em uma cama, e tenho que admitir Trevor foi meu maior porto seguro mesmo depois de tudo que eu fiz ele ainda não desistiu de mim.

       Me levanto e anuncio que estou de saída, dou um beijo na bochecha de cada e depois de pegar minha mochila saio em direção a escola. Hannah irá hoje pelo que entendi ela quer ter contato com as coisas da sua vida para ver se lembra de algo. Assim que me aproximo da escola vejo de longe os três juntos, Hannah está parada de frente para Trevor e Jack mas pelo jeito não escuta nada que dizem.

     Me aproximo e os comprimento com um "Bom dia", e assim como meus pais parecem ensaiados já que respondem em um coro perfeito.

—Ensaiaram foi?

     Eles acabam rindo ao perceber o que aconteceu, Hannah está tão distraída que nem ri não o faz, toco seu ombro e ela me olha como se tivesse saído de um transe. Franzo o cenho tentam enteder mas ela me dá um pequeno sorriso me tranquilizando talvez só tenha se distraido com algo. O sinal toca então começamos a andar em direção a entrada algumas pessoas cochicham entretanto tenho certeza que estão falando do acidente e não do que eu fiz antes disso tudo acontece.

      As aulas parecem demorar um século para acabar, no intervalo não saio dá sala já que estou tentando terminar uma tarefa para a próxima aula apenas troco de sala e então volto minha atenção ao caderno. Sinto uma presença e levanto o rosto dando de cara com Trevor, Hannah e Jack estão os três parados me olhando.

—Ta tudo bem?

—Ta sim, foi os meninos que quiseram vim atrás de você.

    Acinto e indico as cadeiras para eles que se sentem, o assunto começa rolar e tento me concentrar no que estou fazendo mas é quase impossível. Durante todo o intervalo eles fazem questão de me fazer companhia e naquele momento me sinto a pessoa mais horrível desse mundo como pude fazer uma coisa daquela com a minha melhor amiga.

       Quando a aula finalmente chega ao fim resolvemos ir tomar um café, na cafeteria de sempre. Estamos sentados enquanto observamos Hannah olhar atentamente o cardápio.

—Ah vai gente diz aí o que eu pediria.

     Abro a boca para responder mas Trevor é mais rápido.

—Mais você mesma disse que queria ter contato com as coisas da sua vida então pede e aí a gente fala se você pediria ou não.

     Acinto, os dois entram em uma pequena discussão de o que querem e eu acabo percebendo o quão quieto Jack está mas decido ignorar e volto minha atenção ao assunto inicial.

—Ai meu Deus pede um café então que resolve o problema dos dois.

   Eles se calam e me olham com os olhos arregalados eu acabo rindo e logo em seguida eles me seguem a risada é geral na mesa. Fazemos nossos pedidos e Hannah acabou pedindo um café e um capuccino já que ela estava em dúvida. Quando nossos pedidos chegam ficamos esperando Hannah experimentar, ela leva o copo com café a boca e bebe um gole bem calmamente até uma careta surgir no seu rosto.

—Ai que horror isso é horrível, por que deixaram eu pedir isso.

    Rimos e eu nego com a cabeça.

—Achei que seu paladar tinha melhorado.

—Pelo jeito continua no mesmo.

    Trevor solta o comentário rindo ela ri mais tem um olhar indignado.

—Então vocês sabiam que eu não gostava.

—É mais não custava nada tentar.

     Ela empurra meu ombro de leve em forma de brincadeira e rimos. Passamos um bom tempo ali entre risada e brincadeira e acabou que eu tomei o café que ela pediu, eu jamais dispensaria um bom café. Quando resolvemos ir embora Hannah pergunta se pode dormir na minha casa meio receosa eu aceito então vamos juntas para minha casa sem os meninos.

      Chegamos e subimos para o meu quarto conversamos e Hannah analisa tudo até mesmo minha parede de fotos. E é quando ela pega uma em específico e vem até mim.

—Quando e onde foi essa foto?

—Foi quando fugimos pela primeira vez.

—Então somos vândalas e fugimos direto?!

     Tombo a cabeça para trás em uma risada sincera, ela ri comigo mais logo volta para perto das fotos e pega outra volta até mim.

—E essa? A gente parece mais jovem.

—E estamos foi no meu aniversário de doze anos, um pouco depois dela foi a tragédia.

    Ela me olha com uma sombrancelha erguida em uma pergunta muda: como assim tragédia?

—Antão eu caí da bicicleta.

      Ela ri e cai na cama e eu tenho que rir com ela por que realmente foi muito engraçado, deitamos atravessadas na cama então começo a contar o que aconteceu.

"Alguns anos antes…

       Depois da seção de fotos que eu odiei saio em direção aos presentes e bato palminhas quando vejo a bicicleta.

—Quero andar mãe!

    Exclamó fazendo drama nunca tinha ficado tão empolgada com um presente então minha mãe acaba deixando, mais quando eu vejo as rodinhas fico furiosa.

—Sem rodinhas!

—Mais filha você ainda não sabe andar direito vai acabar caindo.

    Bato o pé e digo não para as rodinhas e depois de muito custo meu pai tira as rodinhas minha felicidade é tanta a pego a bicicleta e saio correndo munto nela assim que chego na rua eu até consigo andar um pouco mais logo começo a perder o equilíbrio e quando percebo estou espatifada no chão com todo mundo vindo me socorrer."

—Eu cai de muito mal jeito e a bicicleta caiu encima da minha perna resultado, perna quebrada quase um mês sem colocar o pé no chão.

—Mais foi tão feio assim?

—Que nada eu tava amando ser paparicada, foi minha melhor fase.

    Sua risada contagiante preenche meus ouvidos e fico feliz por estar arrancando dela risadas e não lágrimas. Ficamos ali por mais um bom tempo conversando eu conto para ela algumas coisas e ela me conta o que tá estranhando.

Hallia e Hannah - Romances Londrinos (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora