Capítulo 8 - Injusto

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~Aviso: inicio um pouco triste, fala sobre morte (mas continuem lendo até o final! Confiem em mim!)~

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Natal de 1979

- Onde ele tá?!

- Se acalme, Aluado!

- Não enquanto eu não puder vê-lo!

- Por favor, Remo...

- Eu quero ver meu pai, onde caralhos ele está?!

Tanto os funcionários do St. Mungos quanto outras pessoas presentes na recepção do hospital, olhavam para Remo, Lily e Tiago. O casal tentava acalmar o amigo, que aparatara assim que soube que seu pai foi mandando para o St. Mungos.

- Senhores... senhora - um curandeiro apareceu atrás deles, enquanto Tiago segurava fortemente os ombros de Remo, fazendo o parar quieto. Mas a chegada do curandeiro elevou os nervos do lobisomem ao máximo - presumo que você seja Remo Lupin.

- Sim, sou eu - ele respondeu ansioso - como está meu pai? Eu preciso vê-lo.

- Seu pai está em uma situação muito crítica, rapaz. Então por isso peço que fique calmo e me acompanhe.

- Ele... ele... - a voz de Remo tremia, enquanto lágrimas começavam a brotar em seus olhos. Lily segurou sua mão e Tiago passou o braço por seu pescoço protetoramente.

- Ainda não, senhor Lupin - o curandeiro estava calmo, mas havia uma urgência em seu tom - mas creio que...

- Merda... - o lobisomem murmurou, abaixando a cabeça (que agora parecia três vezes mais pesada) - eu... eu não consigo...

- Respire, Remo - Lily falou com a voz chorosa - se quiser nós vamo com você e-

- Eu não consigo - ele se virou para os amigos - não posso vê-lo morrer... não posso ver outra pessoa que eu amo morrer...

- Seu pai chama por você, senhor Lupin - insistiu o curandeiro, olhando para o relógio de bolso em seguida, como se estivesse cronometrando o tempo. Isso definitivamente não ajudou Remo.

- Acho que você precisa ver ele, Aluado - Tiago tomou a frente, notando o desespero nos olhos âmbares do amigo - lembra de como eu estava quando meus pais... - o Potter fechou os olhos, tocando o ombro de Remo - você estava lá comigo - ele parecia estar tomando folego para falar - e agora eu estou aqui com você...

- Eu não posso... minha mãe.. já foi demais - mais lágrimas sairam do rosto do Lupin, que nunca se sentira tão ansioso em toda sua vida.

Ele não sabia o porque agora estava tão relutante em ver seu pai - pelo que parecia ser a última vez -, mas tinha uma vaga ideia... Não queria mais mortes em sua vida, sua mãe já era o suficiente. Então todo aquele aperto em seu peito que não o deixava seguir em frente para ver seu pai era o medo da morte?

Remo nunca tivera medo da morte, apenas de causá-la, o que era bastante óbvio...

- Meu jovem... venha comigo e... - o curandeiro provavelmente faria mais uma tentativa de levar o lobisomem até Lyall Lupin, quando as portas do St. Mungos foram abertas bruscamente.

- Remo! Rem! - a voz de Sirius foi ouvida na entrada, e logo um emaranhado de cabelos pretos esvoaçantes se aproximou deles - Shacklebolt me contou... eu... - o Black não sabia o que dizer ao parar em frente ao namorado, então simplesmente o puxou para si, acariciando suas coisas enquanto Remo soluçava - ei, calma...

- Si-si-six, meu pai... ele... ele está morrendo - apertou com força o couro da jaqueta de Sirius - eu quero muito ir lá... mas não consigo...

- Ei, tudo bem amor. Tudo bem... eu vou com você - Remo pareceu negar com a cabeça. Atrás dele, Tiago abraçava Lily, contendo as próprias lágrimas - você precisa, Aluado... e eu não vou sair de perto de você.

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