[ Harry Potter pov ]
S/n Lupin, a mulher que eu amo.
Eu e S/n começamos a namorar no segundo ano, e o nosso namoro era perfeito. Eu a amava e ela me amava, eu confiava nela e vice e versa, porém, de um tempo pra cá ela sempre sumia nas noites de lua cheia. O que me chateava, pois meu sonho é passar a noite de lua cheia com ela, ver a lua bater em seu rosto enquanto eu a admiro.
No momento, eu e S/n estamos em meu dormitório. Eu deitado e ela em cima de mim, sentada em minha barriga. S/n me contava como tinha sido o dia dela, até ela olhar para a janela e parar de falar bruscamente.
— Meu bem? Tá tudo bem? — Colo minhas mãos em sua cintura.
— Tá, tá tudo sim! Eu só preciso ir! — S/n diz gaguejando.
S/n se levanta e vai até a porta do quarto. Eu me levanto junto e a puxo, prendendo a mesma na parede.
— Meu bem, eu preciso ir! — S/n se debatia.
— Só se você me contar aonde você vai, toda vez é isso. Você some e não diz nada, e no dia seguinte aparece cheia de arranhões!
— Harry, por favor, eu preciso ir! Eu, eu não quero te machucar… — S/n fala baixo.
— Machucar?... — Tiro os braços de volta dela.
— Me desculpa, mas é pro seu bem!
S/n me empurra, fazendo eu cair na cama. S/n sai do quarto correndo, e eu vou atrás da mesma.
[ S/n pov ]
Ele não pode me ver assim, eu posso machucar ele, meu pai pode machucar ele! E eu não quero perder mais uma pessoa…
Corria, corria e corria, e nunca chegava.
A Casa dos Gritos, era onde eu e meu pai ficávamos nas luas cheias. Quando finalmente cheguei a casa, meu pai já estava se transformando.
— Pai! — O abraço.
— Eu me atrasei, me desculpe! Agora vem, não quero ver você fazendo besteira! — Puxo meu pai até um quarto separado.
— Brachiabindo — Aponto minha varinha para o mesmo.
— Até mais, pai! — Dou um sorriso para o mesmo que retribui, mas agora com um rosnando.
Vou até a sala, à espera de minha transformação.
Minha transformação era bem diferente da de meu pai. Eu ficava com a forma humana normal, porem, meu rosto fica cheio de cicatrizes e hematomas, meus olhos ficam totalmente pretos, minhas unhas crescem, ficam pontudas e totalmente afiadas, e minha personalidade muda, eu fico muito mais agressiva, tenho vontade de matar tudo e todos!
Minha visão começa a ficar turva e senti uma grande dor de cabeça, me fazendo gritar, e foi quando eu percebi que já estava transformada.
— Cadê ele velho nojento?! — Empurro a cadeira em que eu estava sentada.
— Reducto! — Aponto minha varinha para a cadeira, que explode na mesma hora.
A cadeira merecia ser explodida? Sim! Apenas pelo fato dela estar ali e estar no meu caminho, ela merece morrer!
Entro no quarto onde o lobisomem estava e aponto minha varinha para o mesmo, que responde com um rosnando.
— Olha aqui seu lobisomem de merda, quem manda aqui sou eu, e você vai ficar quietinho aqui, se abrir a boca vai levar um Avada Kedavra, tá me entendendo? Acho bom! — Saio do quarto batendo a porta.
[ Harry Potter pov ]
Então a S/n era uma lobisomem?
Eu havia seguido ela até a casa dos gritos, e visto tudo. No momento eu estou escondido atrás de uma pilastra velha, rezando a Merlin, para que ela não me ache.
[ S/n pov ]
Estava sentada no sofá até sentir um cheiro diferente. Começo a fungar até sentir um cheiro familiar…
— Harry Potter, eu sei que você está aqui e eu quero que você saia agora! — Grito. Mas recebo o silêncio como resposta.
— Ah você não vai sair? Então eu vou ter que te achar! — Chuto a mesa à minha frente.
— Adoro desafios!
Eu reviro a casa de ponta cabeça, mas eu não achei aquele desgraçado! Como ele pode se esconder de mim?!
Estava precisando no último lugar até que eu escutei o barulho de um espirro vindo do meu lado, mais precisamente, dentro do armário. Como é que eu não tinha procurado ali?! Certeza que aquele armário tinha sido colocado depois!
— Parece que eu te achei, Harry Potter!
[ … ]
Harry estava embaixo de mim, chorando, enquanto eu encravava minhas unhas em sua barriga.
— Por favor, para! S/n você não é assim!
— Não me chame pelo nome, sua criança imunda! — cravava ainda mais minhas unhas.
— MEU BEM! — Harry se debatia.
Quando ele me chamou de Meu Bem, eu senti uma sensação desconhecida por mim, era sensação de borboletas na barriga, seja lá o que isso significa, é ruim!
— Não tem mais graça torturar você. Pode ir embora! Se quiser… — Saio de cima do mesmo e vou até a cama que havia dentro da casa. Harry se levanta e deita ao meu lado.
— Eu, vou ficar aqui, com você!
— Harry, você tem problema? Você é idiota? Não, você deve ter algum problema, não é possível! Eu acabei de te torturar, e você ainda quer se deitar comigo?!
— Nós somos namorados, e é isso que namorados fazem, cuidam um do outro nos momentos ruins!
[...]
Minha transformação já havia se passado, não teve mais luas cheias por um tempo. Quando eu voltei à minha forma normal, pedi milhões de desculpas ao Harry por tê-lo torturado, e ele aceitou de boa. Agora, eu e meu pai tomamos poções para não nos transformarmos.
E agora, todos nós vivemos felizes, por enquanto...
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Brachiabindo: Usado para prender o adversário por cordas invisíveis.
Reducto: é usado para destruir objetos que estão no caminho do bruxo.