Prólogo

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Meus olhos custam acreditar no que estou vendo mas conforme os segundos passam se torna cada vez mais real.

O vizinho está chicoteando uma mulher brutalmente em uma espécie de cruz no meio do quarto, seus gritos são altos e sofridos, suas mãos que estão amarradas tentam escapar de qualquer maneira.

Com os dedos trêmulos dígito o número da polícia me afastando da janela, deve ser por isso que a cortina sempre esteve fechada.

Assim que uma voz feminina soa do outro lado demoro alguns segundos sem saber como dizer oque está acontecendo.

— Meu vizinho! Ele...Ele tá batendo em uma mulher.  — Resumo.

— Qual o endereço?

Explico o endereço em questões de segundos e desligo me lembrando do seriado que assisti mais cedo, quando mechemos com a caça do predador nos tornamos o alvo.

Com medo do pior corro para fechar a janela antes que ele me veja, como a sorte nunca está ao meu favor a janela está emperrada.

Tento puxar de uma vez mas não consigo, os gritos continuam me fazendo entrar em desespero, sem me dar conta da força que faço puxo a janela fazendo que um barulho estridente.

Depois de minutos que parecem mais séculos cconsigo fechar as janelas mas não antes do seus olhos se encontrarem com os meus, sádicos e tempestuosos.

A onde eu fui me meter!

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