Inferno Particular

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Se você não ler o prólogo não irá entender a história, é curto e rápido! Então leia.
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Cinco dias da ligação, ligação que não adiantou de nada já que os policias foram embora assim que chegaram, cinco dias que meu inferno particular começou.

A cortina que vivia fechada agora está sempre aberta, e as nove horas em ponto ele aparece e me observa, sua expressão é sempre seria, diria que até assustadora.

Seus olhos de águia me observam atentamente, não consigo ver a cor do seus olhos já que estamos mais de dez metros de distância mas posso garantir intuitivamente  que isso não é nada bom.

Eu gostaria muito fechar a cortina, me jogar na cama e ler um bom livro para me distrair mas eu não consigo, algo em seu olhar me impede e eu me odeio por estar entrando nesse joguinho esquisito dele.

E mais uma noite estou aqui.

Aperto o paralepipito quando vejo a mesma mulher de cinco dias atrás se aproximar de cabeça baixa logo tocando seu ombro, sua expressão seria é substituída por uma pior ainda.

Todos os dias ele recebe mulheres diferentes e fez a mesma coisa que eu vi naquela noite, mas agora sei que é consensual.

Depois de presenciar todos os showzinhos brutais como eu mesma apelidei cheguei a conclusão que todas as mulheres gostam do que ele faz.

Elas gostam de todos os tapas, todas as humilhações, todas chicotadas, e gostam mais ainda do sexo selvagem que eles fazem logo em seguida. Nunca julguei ninguém mas pela primeira vez eu fiz, essas mulheres só podem ser loucas por gostar de todas essas torturas.

Não consigo esquecer a forma que ele enterrou o pau na garganta da menina da noite inteiror, ele empurrava a cabeça dela contra seu sexo com tanta força que foi impossível ela escapar ou ao menos respirar direito, eu tenho certeza que ela quase morreu sufocada já que aquele foi o maior pau que eu já vi em toda minha vida, não que eu tenha visto muitos mas esse é realmente grande.

Sem tirar os olhos de mim ele vira a mulher em direção a janela e puxa seu cabelo fazendo a mesma me olhar, seu lábio se curva em um sorriso íntrego me deixando desconfortável.

A mulher me olha intensamente e por um momento vejo maldade em seus olhos me deixando confusa, ela é diferente das outras, parece mais velha  e mais experiente do que as demais.

Só percebo que ele se afastou quando ele volta puxando seu cabelo para atrás  deixando seu pescoço livre para que ele possa fazer o que quiser, aposto que dessa ver será uma mordida que sairá sangue, observei nesses dias que ele adora lamber o sangue dos machucados que faz.

Mas diferente do eu imaginei ele desliza um bisturi cirúrgico lentamente pelo seu pescoço me fazendo perder o fôlego.

A umidade que se instala na minha calcinha me pega de surpresa me fazendo fechar a cortina rapidamente para não ver mais nada.

Percebo só agora que caí em sua armadilha, o intuito não era me assustar, e sim me deixar excitada. Se é isso que ele quer me recuso continuar com isso, eu nunca mais vou abrir essa cortina.

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