Capítulo 11

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POV Lucy

Era noite já do dia seguinte. Hunter nem Noman apareceram a manhã toda, apenas sua empregada que lhe trouxe um prato de comida por de baixo da porta. Como se você fosse um animal

Na noite em que Hunter se foi, você passou a madrugada toda em claro. Ouvindo sons de fatos, sussuros, e estalos nas madeiras mal pregadas do teto.

Você chorara lembrando de seus pais, seus amigos, sua vida. Chorara de odio se amaldiçoando por tudo que havia acontecido. Gritava por Noman com o rosto colado na porta, mas nada.

E assim surgiu a manhã e você ainda estava de pé, depois passaram -se horas e você ainda estava ali. Chegou a tarde, a noite e nada. Um completo silêncio, ou melhor, você podia escutar algo sim. Mas somente o som fraco das chuviscadas que dava e dos raios cortando os céus iluminando o porão por apenas uma fresta que tinha da janelinha de ferro.

Você passou horas esperando que Hunter aparecesse para conversar, temia por ele. Que algo lhe acontecesse.

Mas nada.

Tudo era nada.

Então você decidiu dormir, dormir para esquecer os problemas, dormir para esquecer sua vida miserável.

Era o melhor a ser feito!

O cômodo já estava escuro, apenas iluminado por uma pequena claridade vinda da luz da lua pela fresta da janela.

Você tinha puxado seu colchão para ficar bem de baixo da luz. Você temia ser roida pelos ratos na escuridão total.

E então seus olhos foram se fechando.
Aos poucos sua visão embaçava e você finalmente dormiu sentindo todo o seu corpo relaxar.

"Lucy...Lucy..."- um sussuro

Você se remecheu.

"Ha ha ha...Acorde!" - Uma risada seguida por um sussuro.

Você se remechia ainda mais, gemendo.

"LUCY, AAAAH" - Um grito.

De repente você acorda gritando.

Sons de passos por cima do teto eram escutados.

Estrondos por dentro das paredes.

Seu coracao desparava. Voce está sonhando?

Você olhou para todos os lados do escuro procurando o som.

Risadas de crianças eram ouvidas. Baixinhas entre a escuridão.

- Q-quem é? - Você disse tremula, sentindo toda a adrenalina do medo dominar seus sentidos enquanto você ainda estava sentada no colchão.

Mais risadas...
E de repente uma voz masculina ocoou pelo quarto.

- Mamãe! - Era uma voz contorcida, como se por trás dela houvessem sussuros e gritos. Mas era de uma criança.

- Apareça!- Você disse com a respiração tensa, o coração saltando pra fora.

Seus sentidos anunciavam o perigo, era eminente.

- Mamãe, eu te encontrei! - Ele disse novamente brincalhão que em outro lado do cômodo. Como se ele estivesse caminhando.

- Aparece por favor! - Você disse choramingando, com os olhos marejados de medo.

De repente uma sombra do outro lado do cômodo foi caminhando para a frente.

My Baby (Em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora