12. Não é engraçado

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Com a chegada da noite, Dhyego está deitado no sofá da sala e ele acaricia o gato Frodo que está todo embolado e adormecido sobre a barriga dele. Ele alisa o rabo do bichano, sente prazer em ouvir o ronronar do adormecido Frodo sobre o seu corpo.

Lennon está livre das cordas e fios por mais um raro momento. Ele caminha até a sala e está vestindo as suas roupas pretas típicas para atividades físicas. Ele fica de pé em frente à Dhyego e não consegue deixarde olhar para a porta de saída do apartamento que fica atrás do sofá.

— Você não precisa gastar a sua beleza se preocupando com as chaves. Elas estão em segurança bem guardadinhas aqui comigo.

Ao dizer, Dhyego dá tapinhas no bolso lateral da sua bermuda e o som das chaves tilintando pode ser ouvido indicando que ele mantém o molho de chaves (da porta, do carro) ali.

— Então como é que vai ser? Você vai ficar deitado aí olhando enquanto eu faço os meus exercícios? — irritado, Lennon pergunta.

— E não foi para isso que eu libertei você das amarras?

— Você disse que estava me libertando para que eu pudesse fazer a minha série de exercícios. Ponto final. Você não disse nada sobre ficar aí me olhando como se fosse uma porra de um show privado. Eu não vou me sentir confortável com isso.

— Número um: você estaria sendo observado por outras pessoas se estivesse na academia de qualquer maneira. — Dhyego começa a sua explicação. —Número dois: você construiu toda uma carreira baseada em ser observado pelos outros. Logo isso não deveria ser inconveniente. E número três: não é como se eu estivesse pedindo para que você se masturbasse na minha frente. São só algumas flexões e abdominais.

Lennon revira os olhos e, contra a sua real vontade, faz um rápido alongamento e aquecimento e em seguida vai para o chão e começa a fazer flexões.

— E por falar nisso, com qual frequência você se masturba, hein?

— Jesus Cristo... — Lennon fala resmunga e não interrompe o exercício.

— O que foi? Na verdade, é algo que soa como sendo fascinante para mim. Associar você ao mesmo tempo sendo o cara que faz conteúdo de vídeos engraçados que crianças amam e também o cara que se masturba.

— Isso é porque todo ser humano desde a sua pré-adolescência se masturba e eu ainda sou humano... Eu acho. — Lennon diz fazendo os movimentos contra o chão com os braços.

— Você está tão gostoso agora malhando desse jeito. Você nem faz ideia.

Antes que Lennon possa reagir ao mais novo comentário de Dhyego que o irrita, a voz vem lá de fora do corredor chocando os dois ao mesmo tempo. Eles podem ouvir claramente.

— Leonardo? Trate de colocar uma bermuda se estiver andando pelado pelo apartamento de novo. Eu estou entrando. — Carla diz.

Chocados (por razões distintas), Dhyego e Lennon levantam ao mesmo tempo. Dhyego é rápido em pular sobre Lennon e imobilizá-lo.

Dhyego (que é mais alto do que Lennon) se mantém de pé atrás dele e tira o molho de chaves do bolso. Ele cruza o seu braço a frente de Lennon, pressionando o seu pescoço e usa a ponta afiada do chaveiro contra a sua garganta para ameaçá-lo e mantê-lo em silêncio enquanto o arrasta, vai desaparecendo pelo corredor com ele, ambos andando de costas, e cobre a boca de Lennon com a sua mão livre.

A porta da entrada se abre.

— Leonardo? O que você está aprontando? — Carla entra perguntando. — Eu sei que você está em casa. Eu liguei para a portaria e o segurança me disse que o seu carro está na garagem, então eu sei que você não saiu.

Dentro da suíte, Lennon arrasta o imobilizado e silenciado Lennon para se esconder com ele no banheiro logo antes que Carla esteja no interior da suíte também.

— Leonardo? Você não acha que está velho demais para brincar de esconde-esconde com esses trinta anos de idade no seu lombo? — Carla continua.

No mesmo instante em que Carla adentra o banheiro da suíte, Dhyego (em uma sincronia perfeita) sai pelo outro lado obrigando Lennon a caminhar com ele e agora eles se escondem dentro do closet.

— Leonardo, mas que merda de joguinho é esse que você está fazendo? — Carla briga ao sair do banheiro. — Isso não era engraçado quando você era criança e muito menos agora.

Carla suspira irritada e sai da suíte, marcha de volta para o corredor.

Dhyego sai do closet com Lennon e é quando Lennon age. Ele pisa tão forte em cima do pé de Dhyego que consegue deixar de ser imobilizado por ele e corre para fora da suíte.

— Mãe! — ao alcançar o corredor, Lennon grita a plenos pulmões como se liberasse um peso de toneladas de cima dele.

Quando Carla, que já estava prestes a deixar o apartamento, se vira assustada, ela vê ao mesmo tempo Lennon vir correndo em sua direção e Dhyego vir correndo atrás de Lennon.

Dhyego segura um vaso de cerâmica que pegou da suíte e em um rápido movimento ele atira o objeto decorativo contra Carla, acertando a sua cabeça e ela cai inconsciente no chão.

— Mãe! — Lennon grita novamente.

Ele se joga sobre a sua mãe e a abraça.

 — Não se preocupe, meu amor. — Dhyego diz com um tom de voz bem suave. — A minha sogra vai ficar bem. 

 

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