Capítulo 8

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Entrei para o banco de trás do carro de Michael. Abri a minha mala, de onde tirei o meu pijama, que tinha levado comigo. Comecei a tirar rapidamente o meu casaco. Antes de despir a minhs t-shirt, pedi a Michael.

- Não olhes para mim agora, por favor.

Michael desviou por um pouco o olhar da estrada para o retrovisor.

- Porquê?

- Porque me vou despir. - respondi impacientemente. Michael soltou uma pequena gargalhada, antes de continuar a falar.

- Sabes que eu vou acabar por te ver de roupa interior, não sabes? - a pergunta de Michael apanhou-me de surpresa.

- O quê? - os olhos de Michael estavam outra vez na estrada, mas continuou a conversar comigo.

- Tu sabes... admite lá que nestes dias nunca pensaste em ver-me de roupa interior.

Na verdade já me tinha passado a ideia várias vezes pela cabeça, e até já tinha visto Michael apenas coberto por uma toalha, mas nunca me tinha ocorrido que ele também pensasse isso.

- Por acaso a ideia passou-me pela cabeça, mas não sou perversa - respondi. Michael não respondeu. - Eu não sou assim com todos os rapazes, eu não os beijo no dia a seguir de os conhecer, não saio de casa às escondidas para ir passar a noite com eles, não me visto bem especialmente para eles - parei para recuperar o fôlego - é só contigo.

Permanecemos calados durante algum tempo, até que Michael decidiu quebrar o silêncio.

- Nunca achei que fosses perversa. Eu também nunca costumo agir assim.

Michael encostara a dois quarteirões de minha casa. Desligou o motor do carro e passou comigo para o banco de trás. Despiu a minha camisola e vestiu-me a camisa de dormir. Apertou todos os meus botões e, de seguida, pediu-me para colocar as pernas no seu colo. Desfez o nó dos meus atacadores e tirou os meus ténis. Quando acabou, desapertou calmamente o fecho éclair das minha calças e puxou-as para baixo. A minha pele arrepiou-se com o frio, e ao reparar nisso Michael apressou-se a vestir-me as calças do pijama. Puxou-me para junto dele e deixou alguns beijos quentes e molhados ao longo do meu pescoço. Depois percorreu o meu queixo com a ponta do seu nariz. À medida que a sua cara subia lentamente, as nossas bocas ficavam cada vez mais próximas. Juntámos os nossos lábios e demos um longo beijo.

Passou de novo para o banco da frente e colocou as chaves na ignição. Arrancou com o carro e expliquei-lhe o caminho até minha casa. Parou no parque de estacionamento mais perto e desligou de novo o motor do carro. Olhou para trás e perguntou-me se queria companhia para casa. Assenti e saímos os dois do carro. Senti-me um pouco ridícula a andar na rua com um pijama dos Minions, mas Michael parecia não se importar. Colocara o seu braço em cima dos meus ombros, e ia cantarolando a última música que tinham cantado no bar. Passámos por cima do muro do meu quintal e parámos em frente à janela do meu quarto. Abri a janela sem dificuldade, pois tinha tido o cuidado de a deixar aberta antes de sair. Entrei silenciosamente e Michael fez o mesmo.

Enquanto penteava o meu cabelo, Michael abriu a minha cama e retirou as almofadas colocas debaixo do cobertor. Deitei-me entre os lençóis e Michael aconchegou-me. Ajoelhou-se no chão e acariciou as minhas bochechas. Permaneceu a olhar para mim durante algum tempo, antes de murmurar:

- Foi assim tão mau eu ver a tua roupa interior?

- Acho que não - respondi - Até foi amoroso.

- E adoro o teu pijama - observou Michael.

- Ainda bem - murmurei. Michael sorriu para mim. Vi de repente a maçaneta do quarto a girar. Michael correu a fechar a janela e rebolou para debaixo da minha cama. Fechei os olhos e ouvi os passos do meu pai à medida que ele entrava no quarto. Afagou os meus cabelos e deixou um beijo na minha bochecha. Saiu silenciosamente do quarto. Espreitei para debaixo da cama, onde Michael se encontrava encolhido. Chamei-o de volta e ele saiu do seu esconderijo.

- Boa noite. - sussurrou ao meu ouvido. Michael deu-me um longo beijo de boa noite e aconchegou-me outra vez no lençol.

- Não vaz - murmurei. A companhia de Michael era reconfortante e não queria que ele me deixasse.

Michael deitou-se ao meu lado por cima dos cobertores. Colocou um dos seus braços por cima do meu corpo. Virei-me de frente para ele e juntámos as nossas caras. Humedeceu um pouco os seus lábios e juntou-os aos meus. Mordeu o meu lábio e eu sorri. Percorri a sua boca com a minha língua, explorando todos os seus cantos. Separámos os nossos lábios e tentei adormecer.

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