My kidnapper - Meu sequestrador

179 17 3
                                    


Notas: Vou colocar o nome em inglês e português pois originalmente os títulos eram em inglês, então alguns a conhecem com os títulos em inglês, porem muitos confundem a linguagem dela, então também está em português.

Ficava mais assustador a cada segundo, e ela não sabia o que fazer. A última coisa que se lembrava de ter visto foi o homem, alto, de armadura assustadora. Seu rosto era queimado, deformado, tornando sua aparência mais assustadora do que se podia pensar em ser. O conhecia, mas é que a verdade era que antes, nunca havia o olhado. Nunca o vira por muito tempo, e nunca ouvira nada sobre ele. Apenas sabia o quão bom ele era com a espada. Jamais esqueceria a luta de espadas que ele havia tido com Montanha. Mas o que ela sabia sobre ele se resumia a isso: "O Perdigueiro, Cão de Caça de Rei Joffrey, alto, de rosto queimado, brutal com sua espada." Era isso, nem uma letra a mais.

_Deixe-me experimentar esta. – O homem ao lado deu um sorriso extremamente largo e cruel, interessado na jovem a qual olhava, com os olhos sangrentos por possuí-la da forma mais brutal que conseguisse.

_Não toque nesta, Drewn. –O Cão rosnou, e avançou em direção a moça morena, jogando-a sobre os ombros, sem delicadeza.

"O Cão", eles o chamavam quando passava por ele, e isto a assustava mais e mais, por tamanho cuidado, desprezo e medo que demonstravam. Ela ouvia os sons das espadas, o sangue pingando, mas seus olhos permaneciam fechados. Tinha medo, não podia negar, e estava dolorida, e sabia o que aconteceria; ele mesmo a estupraria.

Ela não soube dizer quando cobriram seu rosto com aquela sacola mal cheirosa, ou quanto tempo andara, apenas ouviu alguém dizer algo ao homem:

_Coloque-a no cavalo e leve-a daqui. Os que irão junto a você já estão vindo. - E apenas sentiu-se ser colocada em cima de um cavalo, já com as mãos amarradas, e pode sentir o Cavaleiro do rosto queimado sentar-se a frente dele, mas este não se moveu, apenas esperou ate que mais alguns cavalos e carroças se juntassem a eles, e trotaram.

Aqueles longos dias se passavam como se fossem os últimos da jovem. Ela não falou, mesmo que falassem com ela. Ela não chorou, mesmo que gritassem, mesmo que a quisessem possuí-la. Não se sentiu protegida, mesmo que o Cão ameaçasse-os, se a tocassem, e não comia.

_Deve comer, "Milady". – Cão disse o mais baixo que conseguiu debochando da última palavra, retirando-se o capuz, mas ela se assustou ao ver que pela primeira vez alguém lhe dava a comida, e era Cão. Ela olhava sentindo repulsa de suas cicatrizes. Não a desamarrou, apenas ergueu o alimento, como de forma que ela pudesse comê-lo. Ela não o olhou, apenas mordeu o alimento. – Vamos, "Milady" beba. - A deu de beber cuidadosamente, e retirou um lenço e limpou sua boca, mas ela ainda não o olhou. Repetiu aquele gesto durante alguns dias, sempre mais arrogante que o dia anterior, mas ela não o olhou, e era isso que o deixava irritado.

Ela não dizia nada, apenas comia e bebia. Ficava encolhida sobre o cavalo de Cão. Ela sentia como se seus ossos se partirem a cada trotada do cavalo, e Cão mal dormia. A Jovem sequer dava atenção aos homens que gritavam por ela, mas Clegane sempre os lançava olhares ameaçadores, a qual qualquer um tremia violentamente de medo.

"O Cão vai ceder. Ele ouve os Lannister, mas não resiste a um corpo desses. Conte nos dedos os dias, puta Baratheon, meu pau ainda vai estar dentro de você antes de chegarmos a Kings Landing."

Ela poderia contar, mas não saberia. Tinha medo, e a cada movimento próximo a ela, sentia que seria violada. Este era o perigo mais freqüente para todas as mulheres, e um dos mais terríveis. Serem violadas, rasgadas, estupradas.

Ela apenas abriu os olhos quando ouviu murmúrios excessivos. Estavam em Kings Landing, ela sabia. Trotavam mais e mais, ate que se sentiu ser puxada do cavalo quando ainda trotavam. Foi jogada ao chão com violência, e varias mãos a tocavam, arranhavam-na, e pode sentir dois chutes em suas costas.

She's everything he'll never haveOnde histórias criam vida. Descubra agora