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PARTIRAM CEDO NA MANHÃ SEGUINTE em direção às montanhas disformes que se elevavam no leste quando o sol nem mesmo havia despontado por completo no horizonte

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PARTIRAM CEDO NA MANHÃ SEGUINTE em direção às montanhas disformes que se elevavam no leste quando o sol nem mesmo havia despontado por completo no horizonte.

O céu estava da cor de um pêssego maduro com nuvens delicadas erguendo-se junto às primeiras luzes da alvorada. Conforme se afastavam da cidade e embrenhavam-se na floresta de rocha que a circundava, o sol descia sobre as pedras tornando-as da cor do cobre.

Sakura e Sasuke seguiram num ritmo constante, ora percorrendo as gargantas estreitas que se abriam entre as rochas, ora saltando e percorrendo-as por cima quando se provava impossível atravessá-las por baixo.

Uma densa floresta espreitava por trás do pequeno desfiladeiro, tão verde quanto viva. Foi bom encontrar abrigo depois de horas de caminhadas expostos ao sol quente, Sakura constatou, enxugando o suor nas têmporas com o dorso da mão. À sombra das grandes árvores estava fresco e agradável.

Ela abriu seu cantil de água e bebeu um gole generoso enquanto Sasuke descia aos saltos a árvore que escalara com as solas dos pés cobertas de chakra. Quando aterrissou ao lado dela, gracioso como um felino, indicou o caminho.

— Se continuarmos nessa direção estaremos nas montanhas antes do cair da noite.

Sakura aquiesceu, satisfeita. E assim eles seguiram viagem. Pararam rapidamente ao meio-dia para que mordiscassem a comida que Takamori Hisui lhes dera, reabasteceram os cantis com água em um regato e prosseguiram incansáveis.

— Em quantos acha que eles estarão, Sasuke-kun? — Sakura indagou depois de um tempo em silêncio, apenas o som dos pés deles movendo-se pela floresta e dos animais por perto.

Estava começando a se sentir entediada e esperava que a luta que os aguardava no fim daquele caminho servisse para incendiar o seu espírito de luta mesmo que um pouco. Já fazia algum tempo que um inimigo tivesse representado um desafio verdadeiro para Sakura.

Sasuke ponderou por um momento, movendo-se com elegância e segurança pelo solo irregular da floresta. Sem se desvirar do caminho que percorria, respondeu-a:

— Eu não sei. Suponho que pela recorrência dos ataques e pelos relatos de Takamori Hisui estejam em pelo menos vinte ou talvez trinta, estimando superficialmente.

— Hisui-san comentou que talvez haja nukenins envolvidos. Isso explicaria a ousadia de atacar comboios que viajam por estradas tão perto de Iwa. Bandidos comuns não seriam tão ousados.

— Talvez — Sasuke assentiu.

Sakura enxugou o suor das têmporas outra vez.

— Só espero que sejam um bom desafio depois de termos tanto trabalho para encontrá-los — comentou num muxoxo. — Vou odiar acabar com eles tão rápido.

Sasuke curvou a boca num meio sorriso ao ouvi-la. Parou e se virou para encará-la. A pele do rosto enrubescida e suada pelas horas ininterruptas de caminhada, os olhos verdes acesos como duas chamas.

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