Capítulo 49

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Maratona [9/10]

Penúltimo capítulo.

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O sol forte do verão já dava suas caras e exatamente por tal acontecimento que Sabina estava estirada em sua toalha de banho, enquanto tomava sol. Ela usava seus óculos de sol e um biquíni vermelho. Seus olhos estavam fechados enquanto ela desfrutava da sensação de um domingo tranquilo.

Sua namorada estava na água, brincando de guerra de água com sua mais nova amiga, Any. Haviam ido juntas à praia e combinaram com o restante dos amigos de Sabina, que logo estariam ali.

Joalin havia começado a frequentar diversos cursos. Ela estava determinada a realmente começar a escrever livros e não abandonaria seu sonho. Any frequentava as aulas de um desses cursos e assim se conheceram.

A garota era linda, sexy, educada e lésbica. Tinha todos os requisitos para Sabina poder se remoer de ciúmes.

Mas não acontecia isso.

Pelo contrário, ela confiava na garota. Ela ela respeitosa e jamais faltou com respeito a Joalin ou sequer a olhou de forma diferente. Sabina estava bem com isso e por isso não se preocupava em sua namorada estar usando um biquíni preto sexy e estar se divertindo com outra.

-- Amor. -- Joalin chamou, se jogando molhada em cima de Sabina. A maior arfava por ter corrido desde a água até a areia, que é onde Sabina estava.

-- Oi. -- Sabina disse, se sentando.

-- Any disse que mandou uma cópia dos dois primeiros capítulos que escrevi para uma editora e eles querem que eu mande o material completo em três meses. -- Joalin disse e Sabina sorriu animada.

-- Acha que consegue? -- Sabina perguntou e Joalin assentiu, se ajeitando no colo de Sabina.

-- Estou tão orgulhosa. -- Sabina disse abraçando o corpo molhado sobre si. -- Me deixa ler? Não acredito que deixou Any ler. -- Sabina disse rindo.

-- Sou prioridade no mundo literário, Saby. Aceite. -- A garota disse rindo, se jogando na areia.

-- É sobre um casal que se conhece na prisão. -- Joalin disse. -- Mas as cenas de amor eu faço todas pensando em você. -- Joalin disse e Sabina sorriu.

-- Quero ler. -- Sabina disse, deixando um bico dengoso invadir seu rosto.

-- Vou deixar só porque sou muito, muito boazinha, está bem? -- Joalin perguntou e Sabina sorriu assentindo.

-- Está mais do que bem. -- Sabina disse, sentindo Joalin lhe dar um selinho.

-- Mas então, Any, você viu só que minha namorada está ficando com marquinha do biquíni? -- Joalin perguntou e a outra olhou.

-- Vi, mas sinceramente aquela garota gostosa se aproximando chama mais a minha atenção. -- Ela disse, tendo a atenção presa em alguém.

-- Boa sorte. -- Sabina disse baixinho ao ver de quem se tratava. -- Ela está conosco e se chama Savannah.

-- E aí, doida. -- Noah disse se jogando na areia. -- Cadê as brejas?

-- O Bailey vai buscar, não vai? -- Sabina pediu piscando os olhinhos e o garoto suspirou.

-- Só se me disser quem que é essa morena linda do seu lado. -- Ele disse sorrindo e Sabina riu.

-- Desiste, ela não gosta de garotos. -- Sabina avisou e Bailey negou com a cabeça.

-- Puta merda, eu só conheço mulher casada ou lésbica. Vou virar mulher. -- Bailey disse indignado. -- Mesmo assim é um prazer, moça. -- Ele disse a ela. -- Vou comprar as cervejas. Sina e Heyoon, vêm comigo porque só tenho duas mãos.

-- Vamos lá, fracote. Não presta para fazer nada sozinha mesmo. -- Sina disse batendo na bunda do garoto.

-- Estou adorando essa marquinha. -- Joalin sussurrou no ouvido de Sabina e a menor mordeu o lábio inferior.

-- Em casa eu tiro o biquíni para você ver ela melhor. -- Sabina sussurrou de volta e Joalin suspirou.

-- Acabou a praia. É hora de irmos. -- Joalin disse e riu alto.

-- Não, senhorita. Saiba esperar. -- Sabina disse e Joalin assentiu desanimada. Sabina, de repente, estranhou o fato de Savannah estar conversando animadamente com Any, que acabara de conhecer, enquanto Noah estava sentado ao lado de Sabina quieto. -- Não estavam ficando? -- Sabina sussurrou para seu amigo.

-- Não mais. Eu vou me juntar com o Bailey e nós vamos virar mulher. Vou sair esfregando meus futuros peitos nas caras de todo mundo e vou dar mais que chuchu na cerca.

-- Vocês têm sérios problemas. -- Joalin disse e ele assentiu sorrindo, se deitando na toalha que havia estendido após retirar a camisa.

-- Hey, princesa... -- Sabina chamou, ganhando a atenção de Joalin para si. -- Seu aniversário é em poucos dias.

-- Sim. Vou ter idade para ir para as baladas com você e beber enquanto a gente se pega no meio da pista de dança. -- Joalin disse enlaçando seus braços pelo pescoço de Sabina.

-- Você anda lendo muito livro. -- Sabina disse e Joalin assentiu. -- O que quer ganhar de presente?

-- Pode ser um ursinho chamado Leo que seja considerado nosso filho? Ah não, espere! Já tenho esse. -- Joalin brincou e logo sorriu. -- Eu não preciso de nada, Bina. Eu já tenho você na minha vida, curso o que eu quero, meu livro tem grandes chances de ser publicado...

-- Mas não tem nada que queira? -- Sabina perguntou e Joalin pensou um pouco.

-- Na verdade tem.

-- O quê?

-- Você na minha vida até ficarmos bem velhinhas. -- Joalin disse e Sabina fitou como o reflexo do sol atingia os olhos azuis.

-- Pois eu também quero isso e se depender de mim vai ser assim mesmo.

-- E dois ou três filhos para eu poder contar estórias igual você fez comigo.

-- Oh, vai roubar minhas estórias? -- Sabina perguntou fingindo aborrecimento.

-- Não, vou criar as nossas. -- A menor suspirou e abraçou a cintura de sua namorada, apoiando o queixo um pouco acima de seu busto.

-- Amar você me ensinou tantas coisas, sabia? -- Sabina perguntou e Joalin a olhou compenetradamente. -- Aprendi a me conhecer; descobri que, apesar de desastrada, consigo lidar com situações que exigem equilíbrio emocional; Aprendi a ser mais paciente; percebi que ter a memória ruim me serviu para confundir os quartos e entrar no vinte e três. -- Sabina disse rindo ao se lembrar daquilo.

-- Engraçado que você é ruim de memória, mas nunca esqueceu o número do quarto que eu estava. -- Joalin disse brincalhona e Sabina sorriu abertamente.

-- A gente nunca esquece o número do bilhete premiado que tem como recompensa o amor da nossa vida. -- Joalin sentiu milhares de flores crescerem em seu interior ao ouvir aquilo

-- Tem razão. -- Joalin respondeu. -- Eu nunca esqueci da sua voz ecoando na minha cabeça quando eu sequer havia acordado ainda. Talvez os quatorze anos em coma, de alguma forma, foram meu bilhete premiado, porque me fizeram chegar até você. -- Joalin disse e Sabina sentiu seu coração bater loucamente em seu peito. -- Aliás, te trouxeram até mim.

-- E o que vento nos trouxe ninguém mais leva de volta. -- Sabina disse e Joalin sorriu, sentindo o vento da maresia esvoaçar seus cabelos, mas não importava a bagunça que estivesse por fora, por dentro tudo estava intacto. Era como se o interior de sua alma fosse um museu, completamente dedicado à Maria Sabina Hidalgo Pano.

Em um piscar de olhos | Versão Joalina Onde histórias criam vida. Descubra agora