O barulho alto das gotas grossas de chuva batendo na janela não tão fina de vidro, os galhos das recém secas árvores batendo na janela. Tais barulhos são praticamente ensurdecedores para as crianças que tem medo de chuva ou melhor de trovões, das coisas que se escondem atrás deles.Um garotinho tão pequeno e indefeso em mais uma de suas noites em claro, e, todos os barulhos pareciam assustadores para ele tanto o som dos fortes trovões e raios que caiam lá fora quanto o forte porém suave tintilar do mensageiro dos ventos que mantinha do lado de fora de sua janela. Isso o acalmava mas por algum motivo sua respiração parecia ainda ofegante como se tivesse corrido por metros o que não era verdade. Seus membros não respondiam suas pernas não levantavam e suas cordas vocais haviam parado de funcionar.
Seria mais um de seus pesadelos? Sentindo a falta dos braços de sua mãe, o garoto quis chorar mas nem ao menos as meninas dos seus olhos produziam lágrimas. Era um completo desastre. Quis correr, mas suas pernas falhavamQuis gritar, mas suas cordas vocais não respondiam Quando olhou para os lados uma figura de algo que parecia ser um homem alto e esguio surgiu e mais uma vez o menino se assustou. E de repente sua respiração parou por completo ao ouvir os passos do homem se aproximar. O que seria aquilo?
"Ei, querido, respire já vai passar."
Pode ouvir a voz melodiosa de sua mãe de longe
"Filho, pode nos ouvir?"
Ouviu mais uma vez e sua respiração se pôs a normalizar um pouco e seus membros voltaram a responder-lhe e viu a figura do homem se afastar para se possível não voltar mais.
Assim foi mais uma das terríveis noites do garoto, que, quando crescido soube que todas suas noites de terror eram proporcionadas por paralisias fortes do sono algo que tinha desde seus quatro anos. Depois deste dia o garoto nunca mais teve medo da chuva mesmo que ela o fizesse sentir solitário, ele passou a apreciar o som e o cheiro da chuva podendo assim acalmar-se em momentos de crise. Seus monstros foram embora e ele mais do que nunca se sentia, livre.
Mas lembre-se: Garotos medrosos não saem na chuva pois na chuva se escondem perigos. Corra! Antes que os monstros te peguem.
Com amor,
O garoto que tinha medo da chuva.
...
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𝐄𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐂𝐎𝐍𝐇𝐄𝐂𝐈𝐃𝐎𝐒
Random𝐔𝐦𝐚 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐫𝐚́𝐩𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐩𝐨𝐞𝐦𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐨́𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐧𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬 𝐚𝐨 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐫𝐞𝐝𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐧𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭𝐚𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐬 𝐝𝐢𝐚𝐫𝐢𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞...