D I A S

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O vidro sendo estilhaçado na parede, depois completo silêncio tanto que podia escutar minha própria respiração descompassada e ruidosa. Seus gritos haviam cessado entretanto eu não sabia se devia ficar feliz por isso. Isso acontecia em quase todos os meus malditos dias de vida. Duas pessoas casadas que nunca se amaram, tiveram dois filhos, um decidiu por si só deixá-los mas não do jeito bom. Ele se enforcou com um cinto, o mesmo que ele usava para espanca-lo todos os dias, meu irmão tinha apenas 17 anos.
Eu, luto todos os dias contra mim mesma, porque ouvir minha própria mãe sofrer nas mãos daquele homem machuca e eu queria, realmente queria poder fazer alguma coisa para ajudá-la. Imaginava a dor que ela sentia em suas costas mutiladas, a dor que ela sentia em diferentes partes do seu corpo quando ele colocava seu charuto acesso para queimar a pele bonita da sua esposa. Foram anos aguentando isso, até que eu decidisse fazer algo. Atingi a maior idade e podia responder por mim. Ele continuava a fazer as mesmas coisas mas eu não tinha mais medo dele, e nunca mais tive principalmente depois que vi um machado que era usado para cortar madeira na nossa casa do bosque cravado por mim em sua cabeça e todo seu sangue espalhado pela sala.

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𝐄𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐂𝐎𝐍𝐇𝐄𝐂𝐈𝐃𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora