Capítulo 15 - Roubando

1.3K 160 43
                                    

[...]
Três dias depois. 

 

— Estou tão animada! - Penélope bateu palmas - Parece que vai ser divertido te ajudar nesse plano. - Respondeu vendo Anastasia colocar um boné e óculos escuros. 
— Também acho que vai ser muito legal. - Warrick respondeu pondo uma touca preta na cabeça.
— Então vamos logo porque não posso mais perder tempo. - Ana respondeu saindo de "casa" com os ex-colegas de hospício. 
~*~
— E aí? Como estão as coisas na empresa? - Leila perguntou enquanto provava as jóias de Anastasia no espelho, no quarto da mansão. 
— Consegui o afastamento do Elliot e da Katherine, mas não a demissão, pois os desgraçados são queridinhos dos acionistas. Mas vamos dar tempo ao tempo, um dia irei conseguir. - Jack respondeu suspirando e vestindo seu terno. 
— E o testamento da mosca morta? 
— Ela não fez testamento pelo que sei. Mas a vadia da Katherine contratou advogados e vai tentar me prejudicar a todo custo, você viu a entrevista escrota dela após o velório me detonando? Mas tudo bem, não tenho medo daquela insuportável mesmo. - Deu de ombros. 
— E quando vamos casar?
— Não sei, vamos dar um temp...
— Mês que vem quero uma aliança valiosa de casamento no dedo e pronto, gatinho. - Piscou para ele. 
— Sei lá, acho cedo demais. 
— Não é não, passei anos como amante e não vou passar mais tempo nessa condição vergonhosa. Estamos entendidos, gatinho? Lembra que disse que estamos juntos nessa? Pois bem, prove agora. 
— Ta Leila, você que sabe. - O loiro concordou a contragosto, saindo do quarto seguido da amante. 
Quando chegaram na sala, todos os empregados estavam a postos, inclusive Carrick e Grace, horrorizados ao vê-los juntos e, visivelmente como um casal. 
— Olha, não fiquem com essas caras de horror. - Leila segurou a mão de Jack - E sim, o patrão de vocês e eu, agora somos um casal. Vamos nos casar mês que vem, apesar disso não ser da conta de vocês - Sorriu - E não quero ouvir um piu de ninguém sobre nós. Ou serão demitidos, entenderam? 
— Então talvez, seja melhor nos demitir. - Carrick avisou olhando para Grace - Não vamos compactuar com essa sujeirada Não dá. - Fez sinal de negativo com a cabeça, olhando para os dois com nojo. - Vimos a entrevista da dona Kate e do Elliot ontem. Todos vimos. 
— Prefiro ser demitida a participar dessa farsa. Vocês podem ter todo o dinheiro do mundo, mas essa relação não vai ser feliz. Porque para que vocês fossem felizes, precisaram passar por cima de muita gente. - Grace completou. 
— Ah é? Pois estão demitidos, os dois! Mais alguém se habilita? - Leila perguntou com as mãos na cintura. 
Os cinco funcionários que estavam a frente deles se entreolharam.
Cozinheira, motorista, diarista, jardineiro e segurança. 
Todos ergueram a mão para o alto. 
— Vocês querem ser demitidos também? Todos vocês? - A loira engoliu em seco e todos assentiram com a cabeça, confirmando - Pois então, fora da minha casa. TODOS VOCÊS! - Gritou indo em direção a porta - FORA! FORA! - Gritou possessa de ódio. 
— Depois acertamos a conta de vocês. - Jack avisou antes deles se retirarem - Céus... Perdemos todos os nossos funcionários. 
— Dane-se! Vou contratar outros muito melhores que esse bando de idiotas. - Leila respondeu dando de ombros.
~*~
— Tem certeza que quer fazer isso, Ana? - Warrick questionou engolindo em seco. 
— Olha, eles estão ali. - Penélope falou  apontando para um casal que estava do outro lado da rua, perto de uma banca de jornal - Não são seus amigos? 
— Meus melhores amigos - Ana confirmou sorrindo - Mas preciso fazer isso. É o único jeito. - Reforçou mordendo os lábios - Pode entrar em ação, Warrick. 
— Okay. - O rapaz concordou pegando o óculos escuros de Penélope e se afastando das duas. 
— Vamos. - Penélope puxou a morena pela mão e ambas foram correndo para um beco. 
[...]
— Os jornais ainda falam da Ana e da minha entrevista detonando o Jack - Kate notou observando os jornais da banca, muito emocionada ainda - Ela era como uma irmã para mim. 
— Oh amor. - Elliot a abraçou - Mas nós vamos nos vingar, vamos vingar a morte dela. Está bem? 
— Eu sei, mas nada que fizermos a trará de volta. - Concluiu começando a chorar quando de repente, Warrick passou por ela e puxou sua bolsa com força, roubando-a.  
— Filho da mãe! - Elliot xingou saindo correndo atrás do "ladrão".  
— Pega ladrão! - Katherine gritou os seguindo, mas para sua sorte ou azar, a rua estava praticamente vazia. 
— Ainda por cima é burro! Se ferrou, é rua sem saída. - O loiro avisou vendo Warrick parar de costas para ele em um beco próximo dali  - Devolve a bolsa da minha mulher ou chamo a polícia agora mesmo. - Avisou já com o celular na mão, discando para o número. 
— Cuidado, Elliot. Ele pode estar armado. - Kate disse tocando o braço do esposo. 
De repente, de trás de uma caçamba de lixo, Ana surgiu com um sorriso aberto nos lábios. 

SanatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora