A Guardiã dos Deuses - Livro 3 [EM ANDAMENTO]

Capítulo 11 - A profecia não é sua (28 dias antes)

NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo quentinho para vocês no dia de hoje hihi preparados?

No capítulo de hoje - a sereia o.o

Tenham uma boa leitura o/

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28 DIAS ANTES

KAREN

As irmãs Rizzon chegaram em casa de noite. O dia tinha sido bastante agitado, com várias clientes querendo os pães saborosos da família. Durante o expediente, Karen ouviu inúmeras vezes sobre o Plano de Expansão do príncipe e da princesa de Yancey. Cada vez que ela ouvia uma mulher elogiar o plano, temia por ela. Na verdade, ela temia por todo o povo. O que estava acontecendo era bastante sério e a Rizzon do meio não entendia como as pessoas podiam ser tão tolas, tão manipuláveis. Mesmo assim, depois do desentendimento com a irmã mais velha, Karen não falou mais que o necessário com qualquer cliente. Ela não queria causar uma balbúrdia diante o expediente ou diante das demais irmãs. Gostava de deixa-las pensar que estava tudo bem e resolvido, embora não estivesse.

Quatro das cinco irmãs se dirigiram diretamente para o quarto para se livrar dos seus uniformes de trabalho. Colocaram tecidos mais leves e simples no corpo e pegaram outros tecidos para servirem de toalha. Estavam prestes a sair para tomar banho naquela noite, como costumeiramente faziam. E, enquanto iam se trocando e se ajeitando, pegando as coisas necessárias para o banho conjunto no rio próximo, as conversas iam enchendo o ambiente, o alegrando. Todavia, Karen não se sentia nada alegre. A preocupação estava consumindo o seu peito. Tanto que, ao invés de se trocar, ela seguiu diretamente para a sala pequena onde a mãe estudava magia quando ainda vivia. Se Karen fechasse os olhos, podia resgatar as lembranças dela e da mãe estudando juntas sobre magia e a língua antiga aulin. A Rizzon do meio foi a única a aprender tais coisas, pois, de acordo com sua mãe, ela era a única apta por possuir poderes. Esse fato enciumou principalmente Kelly, a mais velha, que, apesar de ser a responsável após a mãe, ainda assim se sentia à sombra da Karen por ser uma humana comum, sem poder algum.

A Rizzon do meio fechou a porta do pequeno quarto atrás de si. Com uma lamparina em mãos, ela acendeu algumas velas para iluminar o local. Ela respirou fundo e pegou dois livros que ela se lembrava com clareza que poderia abordar a história antiga. Todos estavam escritos em aulin, por isso suas irmãs nunca vinham mexer, pois sequer entendiam. Ela sacudiu um pouco o livro para retirar a poeira e nisso, alguns papéis escaparam das páginas. Karen xingou por tamanho descuidado e deixou ambos os livros na pequena mesa de madeira antes de se abaixar e pegar os papéis envelhecidos do chão. Porém, um havia escorregado para debaixo da mesa e ela se viu na obrigação de colocar os que havia pegado em cima antes de se abaixar novamente e pegar a última folha fujona.

Seus dedos tocam o papel com cuidado enquanto ela se estica toda e enfim consegue puxá-la de volta. E, involuntariamente ela acaba passando os olhos sobre o conteúdo do papel. No entanto, sua curiosidade lhe faz parar e ler com atenção. Como tudo naquela sala, as palavras dos versos do que parecia um poema estava em aulin, mas aquilo não foi problema para Karen, pois ela entendia perfeitamente:

Durma. Durma bem.

Porque é isso que você faz todos os dias.

Fecha os olhos para luz.

Abre os olhos para noite.

Chegou a hora de dormir, meu bem.

Não é isso que a Rainha diz?