Capítulo 4 - Não quero ouvir mais aquela voz (29 dias antes)

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais uma vez trazendo um capítulo quentinho para vocês hihi inclusiveeeee, eu gostaria de desejar a todos um FELIZ NATAL! É uma honra ter vocês me acompanhando nessa semana festiva! Considere esse capítulo um presentinho a vocês aaaa <3

No capítulo de hoje - a voz misteriosa o.o

Tenham uma boa leitura o/

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29 DIAS ANTES

ALEXIA

Minha cabeça doía violentamente, enquanto aos poucos eu ia recuperando a consciência. Fui abrindo os olhos devagar, tentando me acostumar com o ambiente. Para o meu alívio, a única coisa que iluminava o ambiente era um pequeno abajur ao lado da minha cama. Pisquei, tentando me recordar do que tinha me feito parar ali. Lembrava do jogo importante que eu estava disputando, mas depois do fim do primeiro tempo, as lembranças ainda eram um borrão esquisito.

Tento erguer o corpo, mas cada músculo reclama, por isso permaneço deitada mais um tempinho. Podia quase ouvir o latejar incessante da minha cabeça e aquilo sem dúvidas me irritava. No entanto, não tinha ninguém ali para me socorrer com um remédio para aquela dor.

Olho para o lado do abajur, procurando o pequeno relógio, querendo saber o horário. Quatro horas da madrugada do dia seguinte ao jogo. Forcei meu cérebro a resgatar as lembranças da noite anterior. Teria eu passado uma noitada após a vitória do jogo e sequer lembrava? Poderia ser uma das soluções.

Depois de considerar ter ficado tempo demais deitada, por mais que meu corpo reclame, ergo ele, me sentando no colchão. Estava vestindo um dos meus pijamas e com os pés descalços. Procuro com os olhos pelo meu celular e, como não o encontro dessa maneira, acabo me forçando a levantar da cama. Contudo, esse esforço faz minha visão escurecer brevemente. Um lampejo de memória brilha diante dos meus olhos. Um homem angelical na minha frente, murmurando algo...

Guardiã.

O lampejo desaparece. Permaneço completamente confusa. De alguma forma, aquele homem me parecia familiar, porém meu cérebro não estava querendo cooperar comigo. Quase o xinguei, brava. Um latejar pareceu ter sido uma resposta malcriada vindo dele. Me apoio na cabeceira para não ter risco de cair caso a visão voltasse a escurecer e abro as pequenas gavetas em busca do meu celular.

Se conseguisse contatar as minhas colegas de equipe, poderia conseguir respostas sobre os acontecimentos do dia anterior. Essa esperança de obter alguma informação me motiva a ignorar a dor do meu corpo e continuar procurando pelo meu celular. Ao chegar à conclusão de que ele não estava nas gavetas ao lado da cama, dou alguns passos em direção à minha estante. Contudo, no meio do caminho, perco a visão outra vez.

Sinto um impacto no corpo e segundos depois me vejo no chão, encarando o teto do meu quarto. Então ouço uma voz masculina bem baixinha, como se alguém estivesse próximo do meu ouvido:

— Consegue me ouvir?

Fechei os olhos ao ouvir aquele sussurro, tentando me concentrar naquela voz. Houve um momento de silêncio. Aos poucos fui me recordando do fato de já ter ouvido aquela voz antes. Era a voz do homem angelical que aparecera diante dos meus olhos. Guardiã...

— Sim.

Eu respondo para a voz misteriosa, mantendo os olhos fechados.

— Consegue se lembrar do que aconteceu ontem?

A Guardiã dos Deuses - Livro 3 [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora