Capítulo 43 - Certeza absoluta (o dia da Queda)

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo quentinho saindo do forno para vocês!

No capítulo de hoje - uma notícia e tanto na tv...

Tenham uma boa leitura o/

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O DIA DA QUEDA

ALEXIA

Houve um silêncio entre mim e Arthur conforme caminhávamos na direção do seu carro no estacionamento do pub. Algumas pessoas que estavam conosco na mesa seguiram o mesmo caminho e fizeram questão de acenar para nós dois em despedida. Cheguei a acenar de volta por educação antes de entrar no banco do carona enquanto meu irmão ocupava o do motorista. No entanto, ao invés de dar a partida, ele ficou um tempinho olhando para o painel antes de dizer:

— Então você é uma deusa...

Suspiro e ocupo meu olhar no para-brisa do carro, não querendo responder imediatamente à sua afirmação.

— Sim.

— A minha irmã é uma deusa.

— Sim.

— Então isso me faz ser um deus grego também? — houve um toque de humor na sua fala e isso quebrou o clima de tensão que havia se estabelecido entre nós dois depois da pequena reunião. Por isso, dei um meio sorriso.

— Francamente, você não tem beleza suficiente para ser digno de ser um deus grego, maninho — impliquei.

Ele chegou a dar uma singela risada antes de cairmos em um novo momento de silêncio. Não o julgava por achar estranho aquela situação ou conversa. Na verdade, se eu estivesse no seu lugar, também sequer saberia como agir.

— E pensou em me contar um dia? Afinal esconde isso há anos pelo jeito.

Balancei a cabeça em negação.

— Não sabia como te contar — confesso. — Na verdade, eu meio que pensei em dizer no dia em que briguei com as gêmeas, mas... Bem, depois você insistiu em ficar do lado da Jade e não achei brecha pra dizer, até porque já estavam enfiando na sua cabeça que eu era maluca...

Meu irmão abriu a boca para dizer algo, mas eu o interrompi com um gesto.

— E eu não escondo isso há anos. Fui perceber algo errado em mim no dia do incidente do raio.

— Por isso você sobreviveu?

— Provavelmente. — Encolho os ombros brevemente. — Foi meio que um sinal.

— E se é uma deusa, significa que tem poderes? Que nosso pai é Zeus?

Acho um pouco de graça nos seus questionamentos, apesar dele realmente estar falando sério. Ele queria saber mais, porém não era o único. Eu mesma gostaria de mais informações sobre a minha pessoa. Todavia, eu estava disposta a ser sincera com meu irmãozinho até onde eu sabia, afinal, ele sempre fora meu confidente e não achava justo deixar ele de fora sobre coisas tão importantes justo agora.

— Sim, eu tenho poderes e não, acredito que seu pai não seja Zeus.

— Então como é que você é minha irmã sendo deusa?

De fato, tínhamos uma aparência parecida e já ouvimos muito quando crianças que éramos gêmeos por tamanha similaridade. E, pela sua expressão, ele estava lutando internamente para conseguir montar aquele enorme e complexo quebra-cabeça.

A Guardiã dos Deuses - Livro 3 [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora