Capítulo 13

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Lílian.

–Como assim seu pai Lílian?- Wanda pergunta- achei que ele estivesse...

–Morto- completo a frase dela.

–Como tem certeza de que é ele?- Pietro pergunta.

–Minha mãe nunca fez questão de esconder quem ele era, nome ou até fotos, ele é um verdadeiro babaca- digo sem encarar nenhum deles- ele devia estar morto- murmuro com raiva.

–Se acalma, sua respiração está descontrolada- Wanda diz colocando sua mão em meu ombro.

      Consigo ver ele cochichando algo no ouvido da diretora, a mesma franze o cenho, mas concorda com a cabeça e segura no microfone.

–Lílian, pode vir aqui por favor?- ela pergunta, atraindo todos os olhares para mim.

–Não- respondo séria e ela da um sorriso sem graça para ele.

–Lílian porfavor, não seja sem educação- ela repete- venha até aqui.

–Ela não vai sair daqui- Pietro diz por mim.

–Lílian querida, não faça essa desfeita, venha aqui- ele diz cínico, fazendo com que eu aperte a mão de Pietro com mais força.

–Vai se....

–Lílian!- a diretora me repreende- chega de graça, vai ficar com menos dois pontos em cada matéria se não vier aqui agora- diz séria.
       
–Eu não ligo- respondo com pausa entre as palavras.

–O quê você pensa que está fazendo?- uma professora diz se aproximando de mim- Lílian, obedeça a diretora.

–Senhorita Grant, ela não vai- Wanda diz tirando a mão dela de mim.

–Tudo bem- eu digo por fim me levantando.

–Não precisa ir- Pietro diz, apenas o encaro, lhe dando um sorriso como se estivesse tudo bem.

         Encaro a professora sorrindo falsamente, enquanto andava em direção ao oalco improvisado em meio ao campo, com ele me encarando com um sorriso. Faltava menos de meio metro para que eu chegasse nele, mas sinto mãos em meu ombro, vendo minha mãe e Steve, fazendo com que eu respire aliviada.

–Vem, vamos embora- ela diz, dando um sério olhar para James- a próxima vez não terá essa sorte, então fique longe- fala por fim, virando meu corpo e me tirando dali, indo em direção e entrando no carro.

       Fui o caminho inteiro em silêncio, eles também não falavam nada apra ajudar, me dando um bom tempo para pensar. Pouco me importava se aquele cara estava vivo ou morto, mas ele tinha um olhar psicopata, devia ter morrido na primeira vez. Vejo o carro parar em frente a uma cafeteria e os dois descem fazendo com que consequentemente eu desça também, entrando e me sentando de frente para eles.

–Lílian?- minha mãe chama.

–Me disse que ele estava morto- digo erguendo o olhar.

–Eu também achava isso- ela diz.

–Quando descobriu?.

–Faz uma semana e meia- me responde.

–Foi ele não foi?- pergunto e ela me encara- foi ele quem mandou me matar não foi?.

–Foi- responde respirando fundo.

–Devia ter conferido se estava morto mesmo- digo com raiva.

–Eu sei- ela riz e segura em minhas mãos- não vamos deixar ele encostar um dedo em você tudo bem?.

–Por que você não tenta dar outro tiro nele?.

Filha da Viúva NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora