CAMREN: Princesa Com Alma de Dragão (G!P) - Parte II

Cap. 9 - Amo Markus

"Em uma sessão, o amo é um demônio
e, também, um anjo".

Camila estava soluçando sobre o ombro de sua irmã, mais alta que ela. Sofia a balançava e lhe
sussurrava que estava tudo bem, que estava bem...
Markus se limitou a apoiar-se na parede e estudar o carinho que se professavam as duas
mulheres, que eram tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes.
—Que demônios...? —sussurrou Sofia com voz um pouco mais grave que a de Camila — O que
faz aqui, pelo amor de Deus? —Afastou-a para vê-la bem e limpar suas lágrimas, analisando seu traje e fazendo um gesto de dor ao ver como estava vestida— Camila ... Não compreendo. O que faz aqui? —voltou a abraçá-la com força— Você não deve estar aqui... Deve ir.

—So-Sofia? —perguntou Camila em choque, olhando para Markus e a sua irmã
alternativamente— O que... ? Está bem? —Beijou-a e voltou a inundar-se no calor de sua irmã, que sempre tinha cuidado dela e que, inclusive nesses momentos, seguia fazendo-o— O que está acontecendo? Quem é este? —olhou para Markus com desconfiança para o recriminar : — Mas, e você, como...? Como sabia que...? —As palavras se atropelavam umas com outras e não sabia como as ordenar— Sabe quem sou?

Sofia segurou o rosto de Camila e a concentrou nela.

—Camila, me escute. Eu faço as perguntas e você responde. E depois trocamos os papéis, ou
então isto não vai funcionar.

—Sabe o quão preocupada estive com você?! —Empurrou-a zangada — Sabe?!

Sofia assentiu compreendendo o desassossego de sua irmã.

—Sei. Mas não posso ter contato com o exterior.

—Podia ter feito e...!

—Camila, não. —colocou-lhe as mãos sobre os ombros— Me escute. Você é a que tem que
responder que droga faz aqui! Que merda está fazendo assim vestida?! Vai responder a todas e cada uma de minhas perguntas.

—Não vai me interrogar como se fosse uma refém, pedaço de cadela! Isto não funciona
assim...

—Escuta a sua irmã —ordenou Markus, com voz impassível.

—Você se cale, punk mafioso! —Assinalou-lhe com um dedo.

Estava histérica; e sua veia histérica propulsava sua veia vulgar; e sua veia vulgar a fazia comportar-se como uma barraqueira.

— Tem ideia do que está fazendo? Sabe que entendo tudo? Falo russo!

— Ele já sabe —respondeu Sofia — Por isso te convidou: para que escutasse a conversa com o
Belikhov. Falei-lhe de minha irmã, Camila Cabello, querida. —Seu rosto refletia um profundo orgulho por ela— Sabe que tem um camaleão exato ao meu tatuado no interior de sua coxa, só que no lado contrário. Sabe que é policial e que este ano quer fazer os testes para entrar no FBI.

Como soube que era ela? —perguntou ao russo.

Markus cruzou os braços e a olhou de cima a baixo.

—Têm uma semelhança muito... perturbadora —respondeu sem mover um músculo de seu
charmoso rosto — Assim que a vi, recordou-me Sofia. Mas, para me assegurar, quis te fazer uma verificação.

Sofia sobressaltou-se e olhou ao amo russo por cima do ombro, perdoando sua vida.

—Não toque a minha irmã, Markus.