CAPÍTULO 10.

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Fiquei um pouco confusa com ele ali.

– Achei que nunca mais fosse voltar. Já estou aqui há mais de duas horas te esperando. – ele se aproximou puxando minhas malas para dentro.

– Como você soube que eu voltaria hoje e nessa hora? Não falei nada com ninguém daqui. – indaguei curiosa.

– Eu tenho meus contatos... – ele deu uma piscadinha para mim.

– Quem falou? Anda, me conta – tirei os saltos que estavam me matando. – Deus, não sei por que eu insisto em usar saltos para viajar.

– Sua mãe.

– Que? Você falou com a minha mãe? Quando? – fui em direção ao corredor que dava em meu quarto.

– Você nem imagina o quanto nós conversamos esses últimos dias... – Damon seguiu atrás de mim.

– Não faltava mais nada mesmo... aliás, sabia que eu não deveria ter passado o contato dela para você – revirei os olhos e não pude conter um leve sorriso.

– Aceita que sua mãe me ama. Se duvidar até mais que você. – me virei para encará-lo.

Ele abriu um sorriso e fixou o olhar em minha boca. Me virei de volta e continuei a andar na mesma velocidade em que minha respiração começava a acelerar.

– Preciso de um banho gelado! Inclusive não entendi o que você está fazendo aqui.

– Você não parou quieta um minuto desde que chegou, está me deixando tonto já. – entramos em meu quarto enquanto eu tirava minhas peças de roupa e ia deixando pelo caminho.

– Quero minhas chaves de volta, você não pode mais entrar aqui sem minha permissão! – ele me alcançou e estendeu uma das rosas vermelhas em minha direção.

– Me desculpa pelo babaca que eu fui. – peguei a rosa e ele colou seu corpo junto do meu.

– Você só pode estar brincando com a minha cara ou algo do tipo, – voltei a andar na tentativa de entrar para o banheiro – primeiro você diz àquelas coisas que eu me recuso a lembrar, depois some e não da um único sinal de vida, agora vem me pedir desculpas. Está pensando o que, Damon?

– Desculpa de novo, não tive a intenção. Achei melhor deixar você quieta com sua família, não queria aumentar as discussões.

– Ok. Mas está fazendo o que aqui e ainda me dando essa rosa? – empurrei a rosa contra seu peito. 

– Você é uma pessoa tão difícil de lidar, Elena... – ele pegou a rosa e soltou no chão.

– É porque você não viu como é difícil lidar com você, Damon.

– Me perdoa por tudo que falei e fiz nas últimas semanas. Eu faço o que for preciso para concertar as besteiras que fiz. Por favor, Elena, eu ainda te amo.

Não sabia o que fazer, por mais que eu quisesse bancar a durona e resistir a ele parado ali na minha frente, meu coração implorava para beijá-lo. Eu o queria de volta, e isso já estava nítido em meu olhar fixo em seus olhos.

– Damon...

– Eu prometo nunca mais te magoar. Eu continuo completamente apaixonado por você, talvez até mais, se é que é possível. – eu já não estava mais prestando atenção em nada do que ele estava falando, apenas perdida em meus devaneios na tentativa de não beijá-lo.

Não consegui dizer nada, não consegui resistir e quando me dei conta, já estava com meus lábios dando passagem para sua língua adentrar a minha boca. Como eu estava com saudades de sentir ele me beijando daquele jeito. Aos beijos ele me jogou na cama. Tivemos uma noite maravilhosa. Sexo com saudades, com certeza era uma das melhores coisas desse mundo. 

HEAVEN AND HELLOnde histórias criam vida. Descubra agora