CAPÍTULO 22.

68 7 7
                                    

POV DAMON SALVATORE

"EXCLUSIVO: Vaza vídeo de Rebekah Mikaelson onde ela confessa ter armado o flagra junto a Damon Salvatore. Segundo informações, essa não seria a primeira vez que a gata tenta destruir o atual (ou ex-atual) relacionamento do galã.

Tentamos contato com Damon através de suas redes sociais e tivemos a confirmação de que ele mesmo gravou o vídeo e que embora não saiba a que pé está sua relação com Elena Gilbert, ele segue extremamente apaixonado e fará o possível para reconquistá-la."

Acordei com uma tremenda dor de cabeça, mas acordei rindo, Stefan estava com um de seus braços envolto ao meu corpo. O cara literalmente dormiu comigo. Esfreguei meus olhos que ainda ardiam e me levantei notando pequenos machucados em minhas mãos. Mesmo com a memória um pouco falha, pude lembrar-me dos copos quebrados e eu jogado no meio deles.

Estava na esperança de Elena ver ou alguém mandar as notícias para ela. Esperei durante o dia todo uma mensagem ou uma ligação, mas não tive nenhuma delas. 

Stefan passou o dia todo comigo, embora eu tenha dormido metade dele. Caralho, eu estava conhecendo o que é estar no fundo do poço e estava sendo uma experiência horrível.

Tentei ligar algumas vezes para Elena, mas em nenhuma das vezes ela me atendeu. Na verdade liguei de teimoso, pois a conhecendo, era nítido que ela não me atenderia.

No dia seguinte mesmo estando péssimo, fui para o set de gravações. Trabalhei o dia todo e Elena não apareceu. Ao cair da noite fui até sua casa. Subi o elevador torcendo para que ela estivesse por lá. Apertei sua campainha e meu coração acelerou. Elena abriu a porta e assim que viu meu rosto a fechou de volta.

– Elena, abre, por favor, – escorei minha mão na porta. – eu preciso muito falar com você.

– Eu não tenho nada para falar com você, Damon – a voz do outro lado da porta estava arrastada, parecia cansada. Peguei a maçaneta tentando abrir, mas foi em vão. – Por favor, vai embora.

– Me deixa apenas te ver, nem que seja só por alguns segundos. Eu estou acabado por tudo que eu fiz com você, estou te implorando, Elena, por favor, deixa eu te ver. Eu te amo, porra! – minha voz já estava embargada pelo choro. Inferno!

Elena não respondeu nada, mas depois de alguns segundos ela abriu a porta. Ela estava pálida, com olheiras, não muito diferente de mim. Meu coração doeu ainda mais ao ver que ela estava mal.

– Elena, eu... – ela me puxou para dentro e me abraçou. Respirei aliviado sentindo seu cheiro próximo ao meu corpo. Não sabia o quanto eu estava precisando daquele abraço até eu estar nele.

– Eu te amo – sussurrei ainda perdido em meio a seus cabelos bagunçados dentro daquele abraço que com certeza era o melhor do mundo. Não queria sair dali jamais.

Elena afastou-se de mim e desviou o olhar. Haviam algumas lágrimas descendo pelo seu rosto. Tentei pegar em seu queixo, mas ela se afastou ainda mais. Fiquei confuso com tudo que aconteceu nos últimos segundos.

– O que foi isso? – mordo meu lábio inferior nervoso segurando meu choro.

– Eu sei de tudo que aconteceu, eu vi o vídeo e Stefan falou comigo – Elena pega em uma das minhas mãos. – eu te amo, Damon, eu juro que eu te amo, mas é tudo muito recente, e eu preciso de um tempo.

– Mas e esse abraço e... e tudo que temos? Eu te entendo Elena, mas você sabe que não pode fazer isso, eu não posso ficar sem você. – acabo desabando.

– Olha como eu estou, Damon. – Elena da um passo para trás. – Você acha mesmo que eu estou bem com tudo isso? Minha vida desde que eu cheguei de viagem tem sido um inferno. Não tenho mais forças para chorar. Não consigo sair comprar um misero café sem que venham me perguntar sobre isso. Rebekah conseguiu o que queria.

– Você sabe o quanto eu te amo, sabe que eu nunca faria nada de errado contigo, sabe que se eu pudesse me casaria com você neste exato momento.

– Por favor, Damon, não faz isso, não fala isso. Você sabe que não podemos fazer isso. Com esse monte de fofoca, nossas carreiras estão em jogo e você sabe que não eu posso abrir mão da minha carreira por um capricho. É o meu sonho que está em jogo.

– Meu sonho é ter um futuro contigo... – digo desanimado.

– Eu vejo um futuro contigo também, Damon – Elena pega em meu rosto – Vejo uma vida toda sendo feliz ao seu lado, mas esse não é o momento, eu preciso de um tempo sozinha! – mais lágrimas surgem em meus olhos, assim como nos de Elena.

Elena limpa as lágrimas que insistem em cair em meu rosto enquanto estamos parados nos observando.

– Vou embora. – crio coragem e digo. Elena apenas balança a cabeça concordando.

Saio do apartamento dela um pouco desnorteado sem saber para onde ir. Dirijo meu carro o mais rápido possível, como se a dor fosse desaparecer. Meu rosto estava coberto por lágrimas e mais lágrimas. Havia uma mistura de sentimentos. Culpa por decepcionar a pessoa que eu mais amava no mundo. Raiva por imaginar que talvez Rebekah estivesse certa em relação à Elena, pois ela praticamente admitiu que não se casaria comigo. Não neste momento! E tristeza, muita tristeza por saber que eu a amava mais que tudo.

Alguns dias se passaram. Não consegui sair de casa por quase uma semana. Meus dias se resumiam em beber e passar as noites em claro. A saudade estava me consumindo cada dia mais.

Stefan estava há dias tentando me arrastar para bares. Até Katherine me ligou na tentativa de me animar, mas de nada adiantou.

Era sábado à noite e resolvi ceder aos pedidos de Stefan, pois sei que ele estava fazendo o possível para me ajudar. Eu é que não estava me ajudando.

Para variar, em menos de meia hora no bar, aquele mesmo em que Rebekah fez seu teatro, eu já estava bêbado, mas na verdade, eu vivia mais bêbado do que sóbrio nos últimos dias.

– Você está bem? – Stefan perguntou sério para mim.

– O que você acha? – perguntei virando o resto de bebida em minha boca.

– Se não está, precisa ao menos fingir. Elena está vindo aí! – fiquei imóvel sem reação.

HEAVEN AND HELLOnde histórias criam vida. Descubra agora