CAPÍTULO 5.

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Um dos maiores traumas da minha vida, que era ser tratada como um objeto estava de volta dando socos em meu estômago. A ansiedade bateu e eu não consegui pregar os olhos durante a noite toda.

O dia nasceu e eu estava pior do que nunca. E o que mais pesava, era saber que a culpa em estar me sentindo assim, era exclusivamente minha por ter me deixado levar mesmo com todas as placas sinalizando perigo ao redor de Damon.

Desde muito nova aprendi que mesmo que surgisse um problema em minha vida, ele não seria maior que eu e a minha felicidade. Então, me arrumei e sai com um sorriso no rosto para mais um dia de trabalho.

Cheguei ao set, todos estavam rindo e felizes como sempre. Foi meio que automático procurar por Damon em meio a todos, e a única pessoa que não estava ali, era justamente ele. Talvez eu não fosse a única em estar chateada com a situação. Segui para o meu camarim, distraída com uma música que pulsava em meus fones de ouvindo, de repente alguém me puxou pelo braço.

– Ei Elena, como você está? – disse Caroline me dando um abraço ofegante.

– Assustada! Você realmente me pegou de surpresa – respondi rindo enquanto tirava meus fones – mas eu estou bem, você sabe que não sei lidar muito bem com relacionamentos e coisas do tipo, né?

– Sei bem... – ela riu – você sabe que estou aqui para o que precisar.

Fomos até a maquina de café e ainda ficamos conversando por um tempo. Damon não havia aparecido na parte da manhã para gravar, achei estranho, mas não questionei ninguém sobre. Logo ao retomar as gravações na parte da tarde, ele apareceu com uma cara de cansado, para variar, Matt começou a perguntar se a noite dele estava boa. Sai de perto para não ser obrigada a ouvir aquele tipo de babaquice.

Ao vê-lo se aproximar, meu coração acelerou e minhas mãos começaram a suar. Aquilo definitivamente me preocupava. Ele não trocou uma palavra se quer, apenas sentou-se ao meu lado e não desgrudou do celular. Fiz o mesmo, e entre uma publicação e outra, chegou uma mensagem de Damon, dizendo querer conversar comigo, mas não ali. Ignorei sua mensagem e sai de perto dele.

A maneira como ele agia na frente dos outros, dava a entender que ele nunca tivera se envolvido comigo e isso me deixava ainda mais irritada. Queria eu agir tão friamente quanto ele. – Será que ele agia assim com todas as mulheres que ele se envolvia? O questionamento não saia da minha cabeça.

Já haviam sido encerradas as gravações do dia e todos estavam reunidos animados marcando uma viagem para o final de semana prolongado que teríamos nas próximas semanas. Stefan prontamente me chamou, e eu como não tinha nada a perder, aceitei na mesma hora. Não que eu tivesse algum interesse em Stefan, mas um pouco de diversão era tudo que eu estava precisando. Todos confirmaram a viagem, menos Bonnie e Damon que ficaram de avisar até o final da semana.

Nos despedimos e fui para o estacionamento em direção ao meu carro.

– Elena, espera. Preciso falar com você...

Escutei uma voz vinda de longe, conheci de imediato: Damon! – Mas o que ele viera fazer atrás de mim? Continuei andando, até que ele me alcançou.

– Por favor, me escuta. Sei que não quer falar comigo, mas vou ser rápido, prometo.

– Damon, eu não tenho nada para falar com você! Agora com licença que eu tenho mais o que fazer! – ele me segurou pelos ombros e passou à minha frente.

– Não vou deixar você ir, você precisa me escutar.

– Não preciso te escutar não! Você já disse tudo que eu tinha que escutar aquele dia. Acho que você ainda consegue se lembrar, não?

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