CURIOSIDADES INTERESSANTES

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Talvez você não saiba, mas a minha grande influência no faroeste é o mítico Tex Willer dos gibizinhos italianos. Agora que sabe, cabe saber também uma curiosidade interessante sobre este que vos distrai: quando mais novo, eu tinha a mania de querer reescrever os finais de algumas das aventuras do Tex. Isso funcionava assim: eu transcrevia o gibi pra prosa até o ponto em que queria e, partindo dali, tomava as rédeas do roteiro dando novos rumos e final pra história. Claro que isso tudo era excesso de imaginação e não havia a menor intenção de publicar (naquela época, eu acho que eu nem sabia que dava pra publicar textos na internet...). Sem falar que eu quase nunca terminava as histórias. Era mesmo só um esporte momentâneo.

Hoje, fiquei consideravelmente bombadinho. Esse conto que você leu (aliás, será que leu mesmo?) é inteiramente baseado numa aventura de G.L. Bonelli (com desenhos de Guglielmo Letteri, nos anexos) de 1974, intitulada "A Flor da Morte". E não é só no título que faço uma claríssima reverência a ela (visto que, no meu conto, as ditas flores só vão dar as caras discretamente no final); é no enredo todo.

No referido gibi, Tex está às voltas com uma espécie de ouriço sanguessuga nunca antes visto, e que aterroriza os habitantes de uma certa região no Arizona, próximo a uma grande cratera (essa cratera, aliás, existe de verdade no Arizona, e foi usada para ambientação histórica no gibi), que desaparecem e são encontrados depois em estado fossilizado. Então, nosso Tex e seu fiel resmungão, Kit Carson, são convidados a investigar o macabro assunto. No meu conto, eu parafraseio esse início, embora sendo bem mais ligeiro e mais eu, claro. Depois, no gibi, Tex precisa recorrer a um cientista, amigo seu, pra descobrir, afinal, que raio de coisa deixava as pessoas fossilizadas daquele jeito. E deduziram todo tipo de merda antes de descobrirem que era o maldito ouriço. No meu conto, eu abandono totalmente essa explicação científica por falta de tempo e paciência pra meter um personagem erudito de última hora com pó de pirlimpimpim pra tudo. No fim das contas, no gibi, fica explicado que, há muito tempo, um meteoro havia caído e formado aquela cratera trazendo consigo, lá do espaço, uma forma de vida alienígena e, portanto, desconhecida, que culminou por ser o ouriço chupador de sangue e fossilizador de gente.

Quando surgiu o edital do concurso da epidemia aterrorizante das QuintetoFantastico5 (motivo porque esse conto foi escrito), pensei comigo:

– Hora de prestar umas homenagens às velhas lendas.

Tomei emprestados a cratera, o ouriço (que, na verdade, transfigurei pra que fosse uma planta com aparências de tentáculos) e o Arizona. Salpiquei nisso tudo uma versão mais jovem e fanfarrona do Bob Carson (personagem meu de "O Pistoleiro do Texas"), uns rumos supimpas de aventura com emaranhados de nudez gratuita e pentelhos aparentes. Pimba: deu no que deu.

Fora as semelhanças do gibi e do conto, fica de conclusão a pergunta que nunca quer calar: além de hot yag sujo, este parvo que vos enche o saco serve também para os melindrosos caminhos da fantasia/suspense/terror?

Mistério...

(Mentira, respondam, é sério!)

** * **

ANEXOS:

Tex: Edição Histórica 81, "A Flor da Morte". Roteiro: G.L. Bonelli; Desenhos: Guglielmo Letteri. Mythos Editora (novembro de 2011).

 Mythos Editora (novembro de 2011)

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