Capítulo - 18

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Parte Destiny

Eu sei que estou sendo xingada, isso e um fato!

Eu sei, sou covarde, burra, sem coração. Eu sou o que Deus, e o mundo quiser me xingar.

Eu errei, e estou com dificuldades de enfrentar o meu erro de frente, estou com dificuldade ate de me encarar no momento.

Ele estava la, tinha ficado muito puto, e exigiu o que era de direito seu, o que ele já tinha direito a onze anos atras. Mas eu fui covarde, e não consegui seguir adiante.

Paro em frente a casa do amigo do Nick, e simplesmente não sei o que fazer. Estou confusa, com medo, com medo da reação do meu filho, em dizer a ele que o seu pai quer vê-lo, que ele quer encontra-lo, quer conhece-lo. Não sei o que ele vai pensar, não sei se ele esta preparado para isso. Eu sei, que eu não estou, e tenho medo dele falar que esta preparado.

E egoismo! Sim, eu sei que estou sendo egoísta em querer ele somente para mim, estou sendo egoísta em não querer dividir o meu filho com ninguém, nem mesmo com o seu próprio pai. Mas eu não sei agir de outra forma

Como sai sem falar nada, decido ao menos mandar uma mensagem, sei que ele vai surtar por eu ter ido embora sem falar nada, mas infelizmente eu não consegui, eu não consigo.

Buzino duas vezes, e em seguida ele aparece. Agradeço a Nicolay, mãe do Josh, pela gentileza em deixar o meu filho em sua casa. Sigo os poucos metros que faltam ate chegar em nossa casa, em completo silencio. Ele fala, conta sobre o tempo que ficou com o amigo, mas eu não o ouço, eu não tenho cabeça para pensar em outra coisa a não ser no Peter. A não ser em: o Peter, quer ver o meu filho! O nosso filho!

O meu celular toca, e antes que o Nick o pegue, eu sou mais rápida o colocando no painel virado para baixo, não quero atender, e não quero que ele atenda. Não quero correr este risco.

Entro em casa sem nem mesmo guardar o carro, não tenho cabeça nem mesmo para isso. Como o Nick já tinha jantado, foi direto para o quarto, e eu para o meu, só queria a minha cama, e esquecer que este dia existiu. Porem, para me dar um choque de realidade, ouço o meu celular tocar novamente, e com muita insistência. Pego o aparelho, e senti o meu corpo se arrepiar. E ele. Deixo tocar, não quero falar, não quero ouvir, ele vai me xingar, ele vai me xingar e muito. Um alerta de mensagem me desperta, e uma mensagem de voz. Tenho medo de ouvi-la, sei que não sera agradável, não sera nem um pouco agradável!

A minha consciência pesa, a minha cabeça esta uma loucura, não sei por quanto tempo eu vou conseguir viver assim. Não sei por quanto tempo ainda serei capaz de manter estes dois separados, por puro capricho meu, por puro medo meu.

"Eu não acredito que você fez isso comigo! Puta que te pariu, você e uma covarde do caralho, eu não sabia que você era assim, não sabia que tinha me apaixonado por uma covarde, mesquinha, e egoísta! E de meu direito ver o garoto, ele também tem o meu sangue caso tenha se esquecido disso! Destiny, eu estou muito puto com você! Caralho, você não tem noção!-ele pare e respira fundo. A minha vontade e de... Que raiva!-a sua voz e branda, e as minhas lagrimas já rolavam pela minha face. Você e uma egoísta de merda!-ele finaliza a mensagem"

Abafo o meu rosto no travesseiro e choro. Um choro doido, um choro confuso, um choro magoado, magoado comigo mesma, magoado por ter magoado o Peter, por que, no final das contas, eu me importo. Eu me importo com tudo.

Vejo uma fresta de luz clarear o quarto, olho em sua direção, e me deparo com o meu menino entrando no quarto. Ele senta ao meu lado, e eu o puxo contra mim, e quase instantâneo, e como se ele fosse o meu porto seguro. Como se fosse não, ele e! Sinto a sua mão em minha face, e mais uma vez deixo as lagrimas caírem. Ele não diz nada, mesmo sabendo que tem algo errado, ele apenas me abraça.

DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora