Capítulo 15: Objetos mágicos

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Ainda estávamos embasbacados com o que Gilius Thunderhead tinha falado. Acabei me pronunciando:

— Desculpa, Gilius! Magia? Como? Isso existe?

— Claro que existe! Mas se exige que se reúnam as urnas do poder — ele respondeu como quem tinha propriedade do que estava falando.

— Parece impressionante, senhor, mas continuei confusa... — disse Tyris Flare.

— Bem, eu não queria gastar as urnas que tenho comigo aqui, mas creio que precisarei demonstrar para vocês qual a dimensão do poder que elas dão para quem as usa... — continuou o velhinho.

Ele então se afastou um pouco de nós, retirou um objeto do seu cinto – que deduzi ser uma daquelas tais urnas de que tanto falava – e o lançou ao ar. Esperamos alguns instantes e, do nada, um grande relâmpago recobriu todo o corpo de Gilius! Raios faiscavam como se fossem ondas! Porém, o mais incrível era que o velhinho parecia ter total controle do que estava fazendo. Quando aquilo finalizou, ele caiu ofegante. Corremos até onde estava.

— Senhor Thunderhead, está bem? — perguntou Ax Battler preocupado.

— Sim, meu filho, estou bem, mas não me chame de senhor Thunderhead, por favor!

Nós rimos e Gilius prosseguiu:

— Essas urnas foram um presente dos deuses antigos para nós mortais para que tivéssemos uma amostra do poder deles. Hipotetiza-se que cada pessoa controle uma força da natureza diferente. O poder que controlo, como vocês viram, é o relâmpago. Portanto, cada um de vocês deve aprender a controlar um elemento diferente do meu.

— Incrível, fico imaginando qual seria o meu poder... — falei ainda besta com aquilo.

— E mais uma coisa: — o senhorzinho ainda falava — há níveis diferentes de poder e isso depende de quantas urnas serão lançadas ao ar. Aqui e agora, joguei apenas uma e o resultado foi esse relâmpago me recobrindo e soltando faíscas, mas se eu soltar mais urnas, meu poder será maior e mais destruidor.

Estávamos ainda perplexos com essa nova descoberta. Animado, Ax se pronunciou:

— E onde estão mais dessas urnas para podermos ver qual elemento cada um de nós possui?

— Os deuses não deixaram esses objetos mágicos de graça, grande bárbaro. Eles confiaram as urnas a uns seres anões que as guardam em grandes sacos. Se quisermos obtê-las, temos que capturar esses anõezinhos — respondeu Gilius.

— E há algum tipo de treino para o manuseio desses objetos deixados pelos deuses? — indagou Tyris.

— Não, basta arremessá-los para o alto e veremos qual o poder que os deuses reservaram para cada um.

— Então, o que estamos esperando? Vamos então atrás de Death Adder! — disse Ax empolgado.

— Esperem! — praticamente gritei. — Esqueceram que estou sem armas?

— Oh minha filha! Isso não é problema! — disse o homenzinho.

Ele se afastou, pegou uma lança que estava em posse de um daqueles cadáveres e me entregou:

— Tome! Esta será a sua arma.

— Mas eu não sei manejar uma arma... — Quase me entreguei aqui, mas em seguida consertei: — Digo, não sei manejar esse tipo de arma, não estou acostumada...

— Isso também não será um empecilho, Helena — disse Ax. — Podemos te treinar. Além disso, o exército de Adder também não é muito habilidoso, tampouco usa magia. Eles só são numerosos...

The BitsmasterOnde histórias criam vida. Descubra agora