Capítulo 06: A mansão que abrigava mistérios

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Após nos recuperarmos do choque, Jennifer e eu decidimos continuar a explorar a mansão, mesmo estando ainda com medo do garotinho assassino, que poderia estar atrás de nós duas.

Saímos do quarto. Finalmente, cruzamos a última porta daquele grande corredor que daria acesso a um novo cômodo. Este novo lugar parecia muito com a grande entrada onde estávamos antes do sumiço repentino das meninas, sendo que nele havia uma grande e elegante escadaria até o próximo andar.

— É melhor continuarmos a explorar neste andar mesmo — sugeriu Jennifer. — E se a gente não conseguir achar nada embaixo, partimos para o piso de cima.

Assenti com a cabeça e seguimos o caminho planejado. Cruzamos uma porta que deu acesso a mais um corredor escuro e viramos a primeira entrada à direita. Acessamos então uma cozinha, com uma geladeira e um frigorífico, o qual foi aberto por nós mesmas. Entretanto, para o nosso espanto, insetos estavam lá por toda a carne armazenada.

— Ai que nojo! — dissemos em uníssono.

Fechamos rapidamente aquilo. Analisamos por dentro da geladeira, mas não constatamos nada nada de útil também. Saímos da cozinha.

— Bem... O jeito é ir para o próximo andar, né? — eu disse.

— Sim... — concordou Jennifer.

Voltamos então para aquele cômodo com a escada grande, a qual subimos. Ao chegarmos ao andar superior, notamos três portas: uma mais próxima da escadaria e duas logo à frente, mais afastadas, sendo uma do lado da outra.

— Parece que um dos cantos daqui da mansão é onde tem aquela cozinha que já passamos — observou a minha colega. — Vamos então entrar por aquelas portas ali na frente que devem ficar em cima dela.

Fizemos o que foi sugerido. A porta da direita estava trancada (a chave que pegamos naquela sala de estar, que dava acesso ao "quarto de Mary", não dava na fechadura), enquanto a da esquerda não. Entramos e demos de cara com outro corredorzinho, que continha uma abertura. Adentramos também por essa abertura e vimos que se tratava de uma espécie de despensa, com um inseticida no chão e um armário afastado da parede, cuja extensão, aliás, ele ocupava inteira.

— Jennifer, a gente poderia pegar esse inseticida e tacar naqueles insetos nojentos que estão no frigorífico da cozinha — falei.

— Boa ideia, Helena! Mas antes vamos ver se não tem nada atrás desse armário. — A outra garota apontou para o móvel.

Aproximamo-nos do armário, porém vimos que ele era alto demais para escalarmos.

— Suba nos meus ombros e tenta ver se não tem nada lá atrás — disse Jennifer rapidamente.

Fiz o que ela mandou e alcancei a parte de trás do guarda-roupa.

— Nada aqui, a não ser um baú — declarei.

— Abra-o e veja se há alguma coisa.

Abri o baú e, nele, tinha alguns robes de cor negra.

— Há apenas alguns robes aqui, Jennifer. Acho que podemos pegar dois deles, vai que isso nos ajude, de alguma forma, a despistar aquele menino da tesourona...

OK.

Subi pelo mesmo baú e consegui escalar o armário para me juntar a Jennifer de novo. Ela também tinha pegado o inseticida. Rapidamente voltamos àquela cozinha no andar de baixo. Jogamos o veneno nos insetos que estavam comendo aquelas carnes e, com mais calma, pudemos ver que havia um objeto brilhante no interior daquele frigorífico.

— É outra chave! — eu disse já a confiscando.

Retornamos então para aquelas duas portas no andar de cima. Vimos que a chave, que encontramos na cozinha, se encaixava na fechadura da porta à direita, que estava trancada. Abrimos e, ao adentrarmos o novo espaço, nos espantamos com o que tinha no mesmo:

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