21 - O Início do Fim

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Narração - Joui
•12h31- 27/02/2020•

Estralava os dedos durante todo o percurso até a casa onde seus amigos o esperavam, conversando sobre os dias que passou fora com o moreno alegre no banco de motorista. Durante o caminho aproveitou a normalidade que o rodeava; Como o dia ensolarado parecia só mais um dia comum como qualquer outro, até mesmo se viu num dia de passeio com Cesar, como planejava tanto nos últimos tempos, talvez um encontro de verdade... 

- Você parece ansioso... - Sentiu a mão massageando sua perna lhe causando um pequeno arrepio naquela região. Sorriu. - Tudo bem?

- Só estou com saudades, e muito feliz que todos estão bem. - Respondeu em meio a um suspiro. Em seu peito ainda permanecia uma mistura de emoções, alívio, preocupação, felicidade genuína e tanta vontade de ver os rostos conhecidos.

- Bom, não precisa mais esperar, chegamos. - Cesar sorriu ao estacionar o carro em frente a casa de tom esverdeado claro, gargalhando quando viu o asiático correr feito criança para a porta. O seguiu com um largo sorriso estampado, principalmente quando a porta foi aberta expondo um amontoado de seis pessoas pulando juntas encima do mais jovem, o puxando em seguida para um abraço coletivo.

- Seu pirralho dos infernos, eu não sei se te abraço ou se te encho de soco! - Daniel o sacudiu pelos ombros, os olhos vermelhos pelas lágrimas que não pareciam tão recentes assim.

- Estava chorando? - Joui questionou arqueando as sobrancelhas.

- Só... estava preocupado, Joe. - Murmurou, apenas soltando um sorriso leve e se afastando. O fotógrafo não engoliu a resposta, mas preferiu deixar para conversar mais tarde... Agora teriam tempo.

- Tio, você é maluco! Dá próxima vez que inventar de fazer alguma maluquice dessa eu te tranco num quarto.- Thiago deu cascudo forte na cabeça do protegido, irritado, mas ainda com um sorriso grande nos lábios. - Tá no crack?!

- Ai, desculpa, desculpa sensei... - Riu massageando a cabeça. Mal se importou pelo sufoco do abraço de Arthur e Alex que quase o esmagou no meio e dos vários beijos que ganhou na bochecha do heterocromático que só sabia chorar e murmurar algumas frases quase inaudíveis. - Calma, Tutu, Alex-san, eu tô aqui, calma...

- É porque você não viu durante a semana... Que bom que está bem, Joui. - Dante sorriu após um leve apertão no ombro do mais baixo.

 Sorriu em resposta, todos pareciam realmente bem e felizes de reencontra-lo, assim como ele nunca se sentiu tão bem em rever sua família.

- Meu filho, seu estúpido, eu quero saber que merda você tem nesse cérebro pra se entregar de peito aberto assim! - Foi a vez de Elizabeth lhe dar uma de suas broncas tão comuns, uma verdadeira mãe coruja.

- Acha mesmo que eu faria isso por querer? Quanta falta de fé e mim, eu fiz o que era preciso, só isso. - Joui reclamou com a morena que o abraçava apertado. Havia chegado a poucos minutos na casa da mais velha, sendo recebido por abraços, xingamentos e algumas lágrimas do amigos, a cientista em particular o acusando de estar tentando mata-los de preocupação.

- Você não pode simplesmente achar que pode salvar todo mundo assim, seu idiota. - Recebeu um tapa estalado na cabeça e mais um abraço. - Não faz isso de novo, por favor...

- Liz-senpai...

 Suspirou, aproveitando a sensação agora de estar novamente em casa. Por mais que quisesse prolongar ao máximo o momento, precisou voltar a realidade, precisou finalmente por um fim em toda essa grande confusão que se arrastou atrás de si durante anos e que mais uma vez quase o fez perder tudo. Balançou o envelope que segurava firme na destra, onde tudo o que precisavam estava.

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