22 - Caos

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Certo, não me batam... E aproveitem o cap...

Narração - 3°pessoa
•12h42- 27/02/2020•

 Qual seu pior pesadelo? O que te daria medo a ponto de fazer com que seu coração parasse por poucos segundos, as mãos suassem, o corpo tremesse pelo frio involuntário que sobe a espinha? Talvez medos comuns, como a escuro, a morte... A solidão, talvez? Ou talvez ainda não tenha encontrado algo que realmente te faça rever todos os seus momentos passando em frente aos olhos.

- UM ÚLTIMO PRESENTE, SEU BASTARDO, ALGO PARA SE LEMBRAR, SEU AHH- Isao gritou esganiçado de algum lugar até a voz cessar forçosamente.  

Infelizmente Joui sabia bem como definir seu maior medo, entendia perfeitamente o que era o embrulho no estomago, como um soco, infelizmente não era a primeira vez que assistia a vida passar inteira num flashback tão veloz que acabou num estalo, mesmo que pra ele fosse o momento mais demorado e terrível que poderia ter; Lembrou de tanto, mas de nada ao mesmo tempo. Já não tinha tempo. Viu Cesar estirado de um lado da sala - agora destruída pela grande explosão - e com certeza estava desacordado, até mesmo tentou se arrastar até ele, mas a cabeça latejava a cada mínimo movimento.

- Jo...Joui... - A voz abafada de Daniel ecoou em meio a fumaça espessa. Os sentidos bagunçados o impediram de saber exatamente de onde via, mas soava fraco demais para estar bem, até ouvir o grito agoniado do amigo mais velho o trazendo a afirmação que precisava. Tinha que levantar.

- JOUI? O CESAR! - Arthur parecia bem fisicamente, ao menos pelo grito que tomou conta do espaço. 

 Era doloroso manter os olhos abertos, mas precisava levantar, precisava saber se os amigos estavam bem. Precisava ajuda-los mais que nunca. 

- Cesar.. - Tossiu, mesmo que tentasse tapar o nariz e boca com o moletom, a respiração ainda estava limitada.

- JOUI? JOUI ONDE VOCÊ TÁ? - Ouviu Liz, misturado com um som fraco de sirenes... Sirenes?

- Li...Liz, Daniel... Daniel e Cesar, eles... - Mussitou se apoiando nos braços e joelhos, paralisando em seguida pelas dores. - Eles... Eles?

- Calma, se acalma, já levaram eles pra fora, você precisa se apoiar em mim agora tudo bem? Precisa se levantar, já está a mais de dez minutos aqui dentro... - Parou para tossir um pouco, ainda que usasse uma mascara de proteção. - Vamos, segura.

 Se esforçou mais uma vez, levantando-se de uma só vez e jogando o peso do corpo para cima da morena que quase caiu junto, mas foi firme e o arrastou para a porta o mais rápido que pode, agradecendo quando viu Thiago junto a alguns bombeiros entrando para ajudá-la.

- Ele tá acordado? - Perguntou preocupado, examinava Joui com o peito apertado pelo estado do jovem. - Como ele tá acordado?

- Não sei, mas estava tentando se arrastar sozinho quando o encontrei...

- Cesar... Daniel... - O asiático balbuciou, provavelmente já estava entrando num estado mais inconsciente, apenas tentando se manter acordado.

- Eles vão ficar bem, Joui... Já foram levados para o hospital... - O jornalista respondeu mesmo sabendo que não estava realmente sendo ouvido.

 Chegaram na ambulância já disposta em poucos segundos, não esperando para colocá-lo na maca com ajuda do socorrista.

- Quem vai acompanhar?

 Elizabeth encarou o namorado apreensiva. Ele pareceu entender, assentiu e entrou no automóvel junto à maca do mais jovem.

- Vou terminar isso. - Afirmou, determinada, tirando a máscara né limpando o rosto molhado. A porta foi fechada e logo pode ver o carro tomando distância com a sirene ligada, mas o som ainda era presente aos arredores da casa, felizmente por conta da quantidade grande de viaturas estacionadas.

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