Capitulo 20 - Deixa acontecer naturalmente.

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Capitulo 20 – Deixa acontecer naturalmente.

Natália:

–Nah vamos? – Camila perguntou assim que saímos do carro da Kimberly.

Estávamos paradas na garagem do condomínio tirando as malas dos carros e colocando-as em outro. Havíamos acabado de chegar a São Paulo e meu relógio marcava 2h14min da madrugada.

–Eu a levo. –Kimberly se pronunciou se apoiando no carro. –Se ela quiser, é claro.

                Sorrio olhando para Kimberly que retribuiu o sorriso no mesmo instante, mas meu sorriso se desfaz aos poucos assim que voltei o olhar para Camila e a vi lançar um olhar um tanto incrédulo para Kimberly que apenas deu de ombros e coçou a cabeça corando.

–Amor, deixa as duas. Vem eu te levo pra casa. –Fernanda murmura para Camila, mas como estávamos em silencio e na garagem, acabou resultando em uma fala normal. –Boa noite gente. Até amanhã, se é que alguém vai ir pra escola. –Diz puxando a Camila de leve enquanto a mesma a olha da mesma maneira que estava olhando para Kimberly.

–Eu sou sempre a ultima, a saber, de tudo aqui ou é impressão? –Pergunta Camila para Fernanda e entrou no carro logo depois.

–Obrigada. –Kimberly diz sorrindo e Fernanda ri. –Vocês duas se viram né? Sabem onde ficam as camas e tudo mais. Vou levar a Nath pra casa.

–Sim, mãe.

                Kimberly riu e entramos no carro saindo da garagem junto com Fernanda que buzinou e virou para o lado oposto de nós.

 –Acho que alguém vai querer me estrangular da próxima vez que nos vermos. –Kimberly falou rindo de leve quando parou em um sinal.

–Farei o possível para te proteger. –Murmurei rindo também.

–Que bom saber disso, terei motivos para resistir.

                Sorri e entrelacei nossas mãos, imitando o gesto que ela fez após nosso beijo durante a viagem, fazendo-a sorrir de lado. Eu estava gostando disso dela permitindo que eu me aproximasse mais, na verdade estava gostando de tudo. Da presença dela, de seu jeito descontraído, seu sorriso, o jeito como ela acariciava lentamente a lateral de meu dedo indicador, o olhar dela serio na estrada o que fazia a sua testa e suas sobrancelhas se franzirem, ou o jeito como ela estava mordendo o lábio inferior me fazendo querer morde-lo também. Suspirei com esse pensamento e olhei para frente. E me permitir pensar em algo que não havia pensado: Como seria daqui para frente? Como agiríamos? E o que minha mãe iria falar quando descobrisse? Tudo bem que ela não tinha preconceito, mas não é o tipo de mãe que aceita numa boa sua filha dizer que está gostando de uma mulher, de uma hora para outra. Ela não vai aceitar tão fácil assim, suspirei de novo. Como seria daqui para frente? Seja lá como for já aconteceu. Eu já estou completamente entregue a ela. Eu estava tão distraída que não notei que o carro estava parado em frente ao meu condomínio e que Kimberly me olhava atentamente.

–No que está pensando, Nah? –Sussurrou assim que percebeu que tinha minha atenção por inteira.

 –De como vão ser as coisas daqui pra frente. –Falei sendo sincera.

                Ficamos um tempo em silencio nos entreolhando, então Kimberly levou minha mão que estava entrelaçada a dela até sua boca e depositou um beijo leve na parte de trás. Gesto que fez com que eu sorrisse no mesmo instante. 

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