Notas iniciais:
Oii, bbs! Como vocês estão? Espero que todos bem!
Bom, aqui está o capitulo 48, ainda não sei como escrever os próximos e admito que foi um sacrifício escrever esse, porque eu escrevia e apagava toda hora.
Enfim, mais uma vez, muito obrigada por continuarem lendo e por terem paciência comigo, vocês são sensacionais <3
Beijos de luz e boa leitura!
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Kimberly:
– Você e sua conexão esquisita com a água. – Ouvi a voz de Fernanda atrás de mim e me permiti sorrir.
Fernanda saiu de trás da espreguiçadeira que eu estava sentada e se sentou na espreguiçadeira ao meu lado, esticou suas pernas, colocou as mãos atrás da cabeça como apoio e fitou o lago a nossa frente.
– Sabe o que me atrai tanto na água? – Perguntei virando meu rosto para ela e pelo leve choque em seus olhos, pude perceber que a minha cara não estava nem um pouco apresentável para voltar a festa sem um retoque antes.
Fernanda continuou em silêncio esperando minha resposta, mas eu estava desligada demais para entender aquele gesto silencioso e a mesma precisou se pronunciar.
– Por que?
Suspirei e me virei para o lago. A noite estava linda, não ventava e nem fazia frio, não fazia um calor insuportável ou abafado, apenas uma temperatura adequada e equilibrada perfeita para a ocasião.
– Gosto de me comparar como a água. Agora ela está quieta, calma sem que nada a perturbe, porém se eu ir até lá e fazer qualquer mínimo movimento sobre a água, esse pequeno movimento vai se espalhar por todo o lago, com dimensões cada vez maiores. O mesmo serve para se começar a ventar, chover ou qualquer mínimo movimento ao redor dela. A comparação que gosto de fazer é que minha vida, nos últimos 9 anos, tem sido como um lago sendo bombardeado pela chuva, todos os dias, sem nem um descanso. Como se eu não tivesse descanso e só passasse por águas turbulentas, sem nunca estabilizar e sentir finalmente a água tão calma quanto esse lago. – Falei apontando e voltando minha cabeça em direção a Fernanda, que me encarava à espera do que mais eu iria dizer. – Há tempos eu procuro conseguir estabilizar a água e nunca conseguia, e então hoje, depois de tanto tempo tentando, é como se finalmente estivesse tudo absolutamente calmo.
Suspirei e puxei uma de minhas pernas para servir de apoio para meu o queixo.
– Eu disse a verdade, pela primeira vez em oito anos, eu disse toda a verdade para Natália e foi como se um grande peso tivesse saído de cima de mim. Ela sabe a verdade.
– E o que você está sentindo?
Soltei um riso frouxo e sem humor.
– Ironicamente, estou me sentindo bem. Eu passei os últimos trinta minutos digerindo e entendendo tudo o que Natália me disse hoje, depois que contei a verdade. Eu a amo, e vou continuar amando, e ela ainda pode me amar, mas mesmo com tudo isso, nós não merecemos ficar juntas. – Suspirei olhando para minhas mãos entrelaçadas em meu colo antes de continuar. – Somos extremamente tóxicas uma para a outra por conta de um erro na nossa história. Se tentássemos ficar juntas, isso sempre viria átona em alguma briga, momentos baixos ou qualquer que fosse a situação, e continuamente, iriamos sempre continuar machucando uma a outra, pois estaríamos presas em um relacionamento tóxico e completamente abusivo. Estaríamos abusando psicologicamente uma da outra, por puro orgulho ferido, por não conseguir deixar a outra partir, por amar sem querer enxergar e impor limites saudáveis... e felizmente depois de tudo que falamos hoje, eu entendo que nós não vamos voltar, recomeçar ou seja lá o que for.
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Give Love a Try
RomanceNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS! "Após ter sido magoada e ter o coração partido, ela não queria mais acreditar no amor. Não queria sentir aquilo novamente, não queria sentir aquela dor e ficar daquele jeito de novo. Então resolveu que não ir...