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Alex

   Tudo estava ótimo, tão tranquilo que chego a estranhar. Willie estava passeando comigo já fazia uma hora, claro que fiquei feliz por sua companhia, mas também apreensivo por conta de Calleb e etc.

- Então, Willie, e... Calleb?

Willie: Ah, ele? Está descansando no seu club, por isso estou aqui - sorri. - Não precisa se preocupar!

- É que... Nunca se sabe quando ele pode aparecer de novo, Willie, você sabe...

De repente fico abalado e o skatista percebe, me puxando para um abraço. Eu passo a mãos em seus cabelos, sussurrando no seu ouvido:

- Obrigada por estar aqui... Senti sua falta...

Willie: Eu também - ele se afasta e sorri para mim. - Vem, quero te levar a um lugar!

Ele coloca seu skate no chão e sai disparado, enquanto eu corro de atrás. Ficamos assim umas 3 quadras de onde estávamos e chegamos na praia. Tinha algum evento rolando ali pelo tanto de gente aglomerada.

- O que está acontecendo? - questiono, apontando pra multidão.

Willie: Campeonato de skate - sorri, animado. - E eu vou participar, saca só!

Willie se teletransporta para o meio da pista de dá um show com o skate, fazendo manobras incríveis no ar. Eu fico olhando-o admirado e não pude conter um sorriso, orgulhoso. Bato palmas para ele, que olha para mim e sorri... Até que cai do skate.

- Willie, tudo bem? - pergunto ao chegar perto dele.

Willie: Sim, tudo ok. Fantasmas não se machucam, Alex - ri, ironizando.

- Haha, engraçadinho - digo. - Não me esqueço daqueles choques até hoje...

Willie: É, tirando isso - esboça um sorriso triste.

- M-mas já passou, não é? Agora está tudo bem - sou otimista. - Você arrasou ali!

Willie: Mandei bem, verdade! Ah, olhe isso - ele aponta para o placar e com seus "truques", faz com que seu nome e pontuação apareçam.

- Uau! - olho as pessoas a nossa volta, que encaram o placar, confusos. - Como você fez isso?

Willie: Todo fantasma tem seus truques, basta aprender! - pisca para mim.

- Você poderia me ensinar...

Willie: Ótima ideia! Você tem muito a aprender.

Ele passa seu braço pelo meu pescoço, dando-me um beijo na bochecha e guiando para longe da multidão.
Aí meu Deus. Aí. Meu. Deus!

***

Julie

- Ele chegou - mostro o sujeito para Luke, que o observava, atento.

Luke: Tem certeza que não quer companhia?

- Tenho, pode ir - sorrio para ele, que me retribui com um beijo na testa, desaparecendo. - Ok, vamos lá, Julie. Foco.

O homem chega até mim e se senta na cadeira. Escolhi uma cafeteria simples, mas bem aconchegante. Peguei uma mesa que ficava na janela, podendo ver as milhares de pessoas caminhando pelas ruas da cidade.

- Olá... Então, eu ainda não sei seu nome.

Jace: Ah sim, claro, meu nome é Jace. Prazer - estica a mão para mim e eu faço o mesmo, recebendo um beijo delicado do rapaz. - Bem, pensou um pouco sobre o assunto? E o seu parceiro, onde está?

- Ele já vem - digo, nervosa.

Eu tinha combinado com Nick o local e horário, com 30 minutos de antecedência, mas ele não chegou, não mandou mensagem nem nada.
Estou preocupada, será que Calleb faz algo com ele?

Nick: Cheguei! - finalmente! - Olá Julie, senhor... - nos cumprimenta e se acomoda na cadeira.

- Oi, Nick, que bom que chegou - dou-lhe um olhar de "já estava preocupada" e o rapaz entende, dando-me um sorriso em resposta. - Então, Jace, o que deseja conosco?

Jace: Quero me tornar agente de vocês. Fazê-los uma dupla oficial e assinar contrato com minha gravadora, fazer shows e até turnês. Tudo o que possam imaginar! - diz, dando um sorriso de orelha a orelha, alterando o olhar entre nós.

Eu/Nick: Uau! - nos olhamos, atônitos.

- Bem, eu não sei o que dizer... Estou honrada com o convite, mas sabe, eu já tenho uma banda. Nick apenas me ajudou naquela noite... - explico.

Jace: E onde sua banda estava? - indaga, arqueando a sobrancelha.

- Eles são de outro país, tocamos via internet... Por conta disso, não compareceram - rio, nervosa.

Nick: É verdade. Nos shows de Julie, esses caras fazem a típica "entrada triunfal", deveria dar uma olhada - sugere, pegando seu celular. - Aqui, olhe.

Nick mostra o vídeo do meu show com os meninos na garagem, tocando Edge of Great, um sucesso no YouTube, hihi. O rapaz, porém, permanece sério mesmo quando os meninos surgem do nada. O loiro e eu trocanos olhares, ambos surpresos. O vídeo acaba e Nick guarda o celular.

- Então, gostou..? - pergunto, cruzando os braços sob a mesa.

Jace: Olha, serei sincero. Vocês tocam muito bem, posso ver que há sintonia, mas bandas se separam todos os dias. Como você fica? Sozinha.

- Eu não acho que iremos nos separar tão cedo, Jace - digo, fechando a cara para ele pois já estava ficando impaciente. - Desculpe, mas não estou interessada em fechar contrato com você, estou ótima tocando com a minha banda. Você entende, não é, Nick? - olho para meu amigo.

Nick: E como! Sem contar que eu só toco por diversão, não profissionalmente.

- Ótimo. Então, acho que o assunto está encerrado - me levanto e pego minha bolsa, Nick faz o mesmo.

Jace: Esperem - ele pede. - Por favor, pegue esse cartão, Julie. Pense a respeito...

Por educação, pego o cartão e me despeço, indo embora da cafeteria. Uma pena, nem comi nada!

- Desculpa por chamá-lo aqui, Nick. Foi desnecessário...

Nick: Sem problemas, Molina - sorri. - Você e sua banda são incríveis, espero que não parem nunca.

- Eu também... Obrigada - abraço-o e chamo um táxi.

Chego em casa, cumprimento meu pai e Carlos, preparo um sanduíche e vou até a garagem contar aos meninos sobre minha conversa com Jace.
Abro as portas e nada deles, estranho. Chamo seus nomes, nada.

- Para onde vocês foram? - questiono, olhando para o piano, aflita.

Calleb: Digamos que eles desistiram de você.

Continua...

Gente, o que vai acontecer agora? Deixem suas opiniões nós comentários. Obrigada pela companhia e até :)

E Se Acabasse Assim? | JUKE • JULIE AND THE PHANTOMSOnde histórias criam vida. Descubra agora