CAPÍTULO 13 - AMIZADE ANTIGA

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Passaram-se duas semanas, procuraram informações sobre o Chupa-Cabra. Jack tentava saber relatos de moradores afastados da cidade, não achou nada e os que davam alguma informação eram completamente falsas "eu vi um uma vez andando a pé", era isso o que muitos diziam — assim Jack ignorou. Peter ensinava algumas coisas novas para os seus amigos imigrantes e pensavam em estratégias de como atraí-las. Mortario ficava dia sim e dia não com Stovik olhando a floresta e Chris permanecia de sentinela nas fronteiras da cidade.

Passou outro dia e não conseguiram nada. Já estavam cansados de procurar e resolveram ir junto a Peter perguntar informações.

Toc Toc. Som da batida de Jack na porta número 6.999 da quantidade de casas visitadas.

Uma moça com roupas curtas azuis, morena, alta abriu a porta.

— Crianças? Minha mãe só trabalha com maiores de 18 anos, foi mal — nem deu um Olá e já estava pronta para fechar a porta.

— Você sabe alguma coisa sobre o Chupa-Cabra? — perguntou Jack.

Aff — resmungou —, entrem.

Olha, eu não entraria de jeito nenhum em uma casa de uma estranha.

Adentraram o condomínio que é totalmente diferente por fora, pintura descascando e portas de metal enferrujados. Dentro as paredes eram decoradas de quadros enormes, um deles eram um homem sentado em uma trono de ouro, barba rala, cabelos longos loiro vestindo um manto dourado, do lado havia outra rapaz, com um túnica azul, barba pouco grande, loiro segurando um arco e flecha comprido.

Uma mesa localizada no centro assomava velas e um símbolo Nórdico chamado Elmo do Terror, a sala estava escura iluminada pelas velas acesas.

A moça fechou a porta e gritou:

— Mãe! Temos pessoas interessantes aqui! — Nada dela vir. — Aí, me desculpem. Ela já está velha.

No ombro de Chris surgiu uma mão enrugada e unhas avultadas.

Chris gemeu de medo e uma mulher baixa, negra, corcunda e cabelos grisalhos surgiu da escuridão da sala.

— Bem vindos, garotos. — Sua voz era grave e baixa.

Estava assustados demais para dizerem algo:

— Por que entramos aqui? — sussurrou Mortario no ouvido de Peter.

— Para que temerem jovens? — Os olhos da senhora são semiabertos.

— Mãe, eles querem saber sobre o Chupa-Cabra, vou ir para aquela balada, não volto hoje! — Pegou um celular do bolso e saiu cantando alguma música anos 90.

Ela os convidou para sentar e fizeram o que foi pedido.

— É uma honra estar na presença do Guardião e do Protetor. O que devo tal chamado?

— Procuramos sobre o Chupa-Cabra, sabe algo que posso nos ajudar?

A mulher se vendou com um pano branco e relou na mesa com o símbolo.

— Coloquem alguma oferenda.

Mortario evocou um saquinho repleto de ouro e colocou na mesa. As retas do símbolo cintilou, a mulher disse:

— Perfeito. — Passou uns segundo em silêncio até ela continuar. — Me dê a mão algum de vocês.

Mortario pegou o braço de Peter e levantou:

— Foi mal, quero preservar minha alma. — Sorriu falsamente.

A velha tocou nos dedos do Protetor, o que já foi suficiente para faze-la tremer e perder o ar. Levantou da cadeira, tirou a venda e respirava forte.

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