CAPÍTULO 19 - MONSTROS NÃO CHORAM, ERA O QUE PENSAVA

42 8 105
                                    

Zylon foi apunhalado, a espada perfurou suas costas e encontrou no chão do outro lado. Vaiper segurava o punhal, ofegante disse:

— Isso foi pela Carol, pela minha família e pelas criaturas que sofreram!

O homem de terno derramou uma lágrima — acho que é de dor — e disse:

— Não... não é apenas eu que perdi tudo... — Parou de respirar e faleceu.

Vaiper ajoelhou no chão e se acalmou.

Os guardas viraram cinzas, sobrando alguns ossos na areia e seus acessórios.

— Quando o líder cai, só continua quem for forte — respondeu Jack sorrindo.

As criaturas aproximaram e bateram palmas para os 6, se juntaram e sorriram pensando na vitória, ou quase vitória...

— Mãe, pai, irmão e minha família! Finalmente podemos voltar ao que era antes. — Chorava abraçando sua mãe.

Mortario voltou ao normal com as costas um pouco contundidas.

Chris fazia carinho em seu cavalo deitado.

Jack e Peter ouvira tudo atentamente e Stovik ajudava seu amigo machucado a ficar de pé.

A mãe de Vaiper começou a chorar desesperadamente, na verdade, todos os vampiros desabaram em lágrimas.

— Porque estão chorando? — perguntou Vaiper sorrindo. — Monstros não choram..., era o que eu pensava. — Fez todos soltaram um largo sorriso mostrando as presas. Vou processá-lo de direitos autorais, essa frase é minha.

— Infelizmente irmão, terá que seguir seu próprio caminho — falou Vamp.

— Por quê? — Agora até eu estou confuso.

Fez carinho em seu cabelo — que nunca mudara de penteado — e respondeu colocando sua mão no coração dele:

— O nosso corpo não é muita coisa, apenas um cofre que guarda o maior tesouro...

— As... almas? — Vaiper chutou enxugando as lágrimas.

Assentiu.

— Ainda não entendo... o que vai acontecer?

O pai interviu:

— Filho, nossas almas foram roubadas, aqui vivemos graças ao mesmo feitiço que foram usados nos guardas mortos.

Arregalaram os olhos e Jack disse:

— Então quando sair desse lugar...

— Sim, morreremos — interrompeu o Globin em cima do Unicórnio.

O vampiro entrou em desespero:

— O que! O que! O que! Não não não! Impossível, diga que é impossível... por favor!

Abaixaram a cabeça.

— Todos vocês... — repetiu Peter fazendo carinho no Uni.

Relinchou e o lambeu.

— Mas... a minha profecia dizia que... eu seria feliz com a minha família! Isso é impossível — resmungou com as palmas nos olhos. — Passei tanto tempo procurando aquele vidente para descobrir que é mentira o que ele avisou?!

— O que ela dizia? — perguntou Vamp.

Fungou o nariz e contou:

Procurará sua família em tempos cruéis,

Em Um Universo RefletidoOnde histórias criam vida. Descubra agora